sábado, 20 de novembro de 2010

Sucessão em São Paulo pode aliar Kassab a petistas

No PMDB, prefeito poderia alternar poder com seus ex-adversários em 2012 e 2014


Julia Duailibi e Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
As negociações para uma eventual troca de partido do prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM) começaram a alimentar articulações para unir no mesmo projeto político petistas e kassabistas em 2012 e 2014, de modo que haja um "revezamento" eleitoral nas próximas eleições. A ida de Kassab para um partido da base da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) animou petistas, que viram na provável dança de cadeiras a chance de enfraquecer os adversários tucanos em São Paulo, Estado que é reduto do PSDB há 16 anos e tem a maior capital do País, com 8,4 milhões de eleitores.
O projeto, se confirmado, tornaria o prefeito paulista uma liderança híbrida: se beneficiaria da boa vontade do governo federal, com recursos para os seus pleitos, e, por enquanto, da aliança do PMDB com o PSDB na esfera estadual. Aumentando, portanto, o cacife para discutir o seu futuro eleitoral, o que, no DEM, tem valido menos cada dia que passa.
Na última semana, o prefeito paulistano intensificou as conversas com o PMDB, por meio do presidente da legenda e vice-presidente eleito, Michel Temer. Com a possibilidade de Kassab ingressar em um partido aliado ao PT no plano federal - as conversas chegaram ao PSB também -, petistas e peemedebistas passaram a cogitar uma aliança que passe pela eleição municipal, em 2012, e a estadual, em 2014.
Não podendo mais concorrer a uma segunda reeleição para a prefeitura paulistana, o projeto político de Kassab passa necessariamente pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014.

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