segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ex-jogador da seleção brasileira vive como morador de rua em Lisboa (Portugal)


Um homem caminha pela rua, se aproxima de latas de lixo e recolhe peças de roupa. Encontra um casaco e veste ali mesmo, no meio da rua. Pouca gente poderia imaginar que esse homem já vestiu a camisa amarela da seleção brasileira. Perivaldo Lúcio Dantas ficou famoso como Peri da Pituba. Ganhou projeção nacional no Bahia, no final da década de 70. Foi lateral direito do Botafogo, passou pelo Palmeiras de Telê Santana, que o convocou para a seleção em 81. Fez parte do histórico time de 82, com Falcão, Zico, Sócrates. Contra a Tchecoslováquia, salvou um gol.
Depois de muitas lesões, Perivaldo desapareceu das notícias. Trinta anos depois, o Fantástico encontrou Perivaldo pelas ruas de Lisboa. Depois que parou de jogar futebol no Brasil, no Bangu, em meados dos anos 80, pouco se sabe da vida de Perivaldo. Ele diz que foi para a Coreia, na Ásia, e depois veio para Portugal. O Fantástico procurou a Federação Portuguesa de Futebol e a informação oficial é de que não há registro de nenhum jogador brasileiro chamado Perivaldo Lúcio Dantas. Mas na Feira da Ladra, em Lisboa, é fácil achar Perivaldo vendendo sua mercadoria.“Vamos embora, compadre. Aqui, o que é bom aqui. Se quiser coisa boa, está aqui na banca do Peri da Pituba”, anuncia o ex-jogador.
Perivaldo tinha fama de ser um jogador carismático e, mesmo Feira da Ladra, ele continua extrovertido. “Sete e sete são catorze, três vezes sete é 21. Tenho sete amores no mundo, mas não caso com nenhum. Paranauê, paranauê, Paraná”, brinca ele.
Perivaldo diz que vive da venda de peças de roupa. “Você não viu que os cara me chamou de Grifalvo? Mistura de grife com Perivaldo?”, conta para equipe do Fantástico.
Fantástico: Eu estou vendo que você tem dificuldade de vender algumas coisas. O comércio não está bom aqui na feira...
Perivaldo: Como agora está chegando o inverno, agora, eu preciso arrumar uma nova coleção.
Fantástico: E onde você arranja as coisas para vender aqui?
Perivaldo: Tem as lojas de saldo. Você começa a comprar, investir. Dá para se ganhar um bom dinheiro.
Mais tarde, à noite, encontramos o lugar onde Perivaldo dorme. O Fantástico descobriu que Perivaldo, um ex-jogador do Bangu, do Palmeiras, do Botafogo e da seleção brasileira, hoje é um morador de rua em Lisboa.
Perivaldo lembra dos tempos mais confortáveis, em que tinha artigos de luxo.
Perivaldo: Tive um bom relógio, que era um Rolex, que custou para mim agora uns 70 mil euros. Em joia, eu tinha para mais de 200 mil euros. Foi tudo que o dinheiro foi acabando”. 
Fantástico: Aí você foi vendendo, foi vendendo...
Perivaldo: Eu tinha uma casa, uma casa que eu vendi, praticamente vale em dinheiro português uns 300, 400 mil euros.
Fantástico: Aqui em Portugal?
Perivaldo: Não. Tinha lá no Brasil. Era muito dinheiro. As minhas luvas chegaram a 100 mil dólares por dois anos. Não cumpri. Só fiquei lá 8 meses, 9 meses. Me deu vontade de vir embora, larguei tudo. Foi assim a minha atrapalhação. Eu me prejudiquei a mim mesmo.
“ Quando eu cheguei na seleção brasileira, Zico e Junior foram um dos meus maiores amigos, que me deram mais apoio”, confessa Perivaldo.
“ A gente fica muito chateado. Ele era um cara muito engraçado, que adorava pegar no pé dos companheiros. Tava sempre brincando. A gente só espera que ele possa ter força, como ele tinha quando ele jogava, para poder sair dessa situação”, conta o comentarista Júnior.
Fantástico: Por que você está com essa ideia de voltar para o Brasil? Deixar Portugal?
Perivaldo: Sinto muitas saudades da minha mulher também, da Virgínia, dos meus filhos. Os meus netos sempre estão me cobrando. Meu avô dali, meu avô daqui.
“ Temos que abraçar o Perivaldo. É um atleta que teve história no Brasil, está numa terra distante. Se a questão for ele voltar para o Brasil, vamos patrocinar a volta dele”, promete Alfredo Sampaio, vice-presidente da Federação Nacional dos Atletas de Futebol.
Espalhando alegria pelas ruas de Lisboa, Perivaldo espera pela volta ao Brasil.
Reportagem do Fantástico  

Após morte da filha, mãe de Júlia Rebeca critica exposição de vídeo íntimo na internet


A mãe da adolescente Júlia Rebeca,  17 anos, encontrada morta após ter um vídeo íntimo compartilhado na internet, disse ao Fantástico que a exposição das imagens da filha significam uma “violação”. Ivânia Salia disse que não sabia que a filha andava deprimida, segundo relataram colegas de sala da jovem.
“Ela não demonstrou nada. Todo adolescente tem o direito de ser adolescente. Eles são inconsequentes mesmo. Essa exposição toda, do vídeo, da imagem da minha filha, é uma violação”.
A família da jovem que se matou após ter vídeo íntimo divulgado nas redes sociais apenas soube das imagens depois do sepultamento, revelou o advogado da família Paulo Roberto ao G1 Piauí. A Polícia Civil do Piauí investiga a morte da adolescente de 17 anos na cidade de Parnaíba.
"Eles resolveram procurar a polícia e agora a família tem interesse em saber quem foi o responsável por compartilhar", disse o advogado ao G1 Piauí. A jovem Julia Rebeca teria filmado o vídeo íntimo, no qual ela aparece tendo relações com um rapaz e outra adolescente.
A adolescente se matou neste último domingo (10), depois de deixar mensagens no Twitter anunciando a própria morte, se despedindo e pedindo desculpas. Ela foi encontrada morta dentro do quarto, enrolada no fio de uma chapa de alisar cabelos, que teria usado para se enforcar. Nas redes sociais, ela escreveu primeiro "É daqui a pouco que tudo acaba". Ainda no mesmo texto, Julia postou "Eu te amo, desculpa eu n ser a filha perfeita mas eu tentei... desculpa desculpa eu te amo muito", e em seguida "E tô com medo mas acho que é tchau pra sempre". (Correio)

MENSALÃO: Estou aguardando que a lei seja cumprida diz LULA

Lula participou de cerimônia em comemoração ao Dia da Consciência Negra  - Robson Fernandjes/Estadão
Lula participou de cerimônia em comemoração ao Dia da Consciência Negra 
(Robson Fernandjes/Estadão)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insinuou nesta segunda-feira, 18, lei não está sendo cumprida no caso da prisão em regime fechado dos réus do mensalão. “Estou aguardando que a lei seja cumprida e, quem sabe, que eles fiquem em regime semiaberto” disse Lula, na saída de um evento na Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo.
Advogados do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino reclamam que a permanência de seus clientes no Complexo da Papuda é ilegal porque os mesmos foram condenados em regime semiaberto, onde o preso pode sair, entre às 6h e 18h para trabalhar e retorna para dormir.
Lula evitou, porém, fazer criticas diretas ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que determinou as detenções. “Não faço julgamento das questões da Suprema Corte.”
Ainda segundo Lula, a nota divulgada pelo PT na última sexta-feira, 15, “condiz com a realidade do momento”. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, que acompanhava Lula, foi mais enfático “quem julga também será julgado”.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) deixou a cerimônia antes do fim para embarcar para Brasília onde fará, no fim da tarde de desta segunda-feira, 18, uma visita ao deputado José Genoino, que passa por problemas de saúde. Segundo o senador, a visita será feita a pedido dos familiares de Genoino, já que a esposa, Rioco, e a filha, Miruna não têm tido contato com ele estariam preocupadas.
O ex-presidente do PT passou por uma cirurgia há duas semanas e seu estado de saúde inspira cuidados. Desde que se apresentou à Polícia Federal, na última sexta-feira,Genoino precisou de atendimento médico por duas vezes com crises de pressão arterial.
 (Estadão)