O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante o 2º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, que vai "voltar a incomodar algumas pessoas" e a viajar pelo país como o "lobista número 1 das causas sociais".
As declarações foram feitas diante de cerca de 3,5 mil sindicalistas provenientes de todo o Brasil. Na ocasião, Lula voltou a ressaltar conquistas do seu governo e a elogiar a atuação da presidente Dilma Rousseff.
"A Dilma vai fazer melhor que eu. Agora pobre está andando de avião e indo para Buenos Aires. Dilma é a mais acertada para o país", disse, antes de descer do palco e caminhar entre os sindicalistas.
O apoio à presidente é reiterado um dia depois de Lula discursar no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde o ex-presidente garantiu que não interfere na gestão de sua sucessora e criticou a suposta tentativa dos jornais de mostrarem uma "divergência profunda" entre os dois.
"Só diz que ela é fraca quem não conhece a personalidade dela", disse. "Ninguém que passa três anos e meio na cadeia, barbaramente torturada e é eleita presidente da República (é fraca). Essa é a maior vingança contra quem a torturou", afirmou.
Na quinta-feira, Lula já havia dito que "a presidenta Dilma vai fazer mais e melhor do que nós fizemos" para uma plateia de cerca de 2 mil estudantes no auditório do Centro de Convenções de Goiânia, durante o 2º Encontro Nacional dos Estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni).
Ele citou futuras ações da presidente, como o programa de qualificação profissional, creches e outros. "Ela vai inaugurar, até o final do mandato dela, deste primeiro mandato, obviamente, mais 200 escolas técnicas", afirmou, indicando que Dilma pode tentar a reeleição.
O evento da UGT, que teve início na quinta-feira, chega à marca de 1.008 sindicatos registrados no Ministério do Trabalho e será realizado até sábado. Delegações de pelo menos 27 países, tais como Marrocos, Espanha, Itália, Portugal e Bélgica, além dos países da América Latina, num total de 83 nações participantes, também comparecem ao Congresso.