Rio de Janeiro (Agência Brasil) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu hoje (26)  apoio irrestrito do governo federal às ações desenvolvidas pelo governo  do Rio para combater o tráfico de drogas e a onda de crimes cometidos  nos últimos dias pelos bandidos no estado. 
Jobim, que  participou de uma reunião com o governador Sérgio Cabral, as forças de  segurança do estado e a cúpula das Forças Armadas, deixou claro que o  governo estadual será atendido em todas as solicitações necessárias ao  cumprimento da ação de repressão ao tráfico.
Segundo o  ministro, não se trata de colaboração das forças federais ou do governo  federal e sim do cumprimento de um dever para com o governo estadual,  que é o atendimento de um pedido de apoio feito ao presidente da  República. "E esse apoio será dado dentro das necessidades que forem  decorrentes das operações que vão surgir ao longo das ações da polícia  fluminense”, afirmou Jobim.
O ministro lembrou que,  inicialmente, a solicitação do apoio do governo do Rio dizia respeito  apenas à parte logística, traduzida nos tanques da Marinha que atuaram  ontem (25) no apoio à invasão e ocupação do complexo de favelas da Vila  Cruzeiro. No entanto, a partir da fuga dos bandidos para o Complexo do  Alemão, foi preciso que o apoio fosse dado também com homens.
Jobim acrescentou que, a partir daí, o governo entendeu que era preciso  incluir nas ações cerca de 800 militares da Brigada de Paraquedistas,  que trazem "uma larga experiência" por sua atuação no Haiti e que  ajudarão na garantia da lei e da ordem. De acordo com o ministro, a  Secretaria de Segurança é que vai determinar a linha de ação para esses  militares, muito experientes em áreas de conflito.
Ele  ressaltou, porém, que caberá às Forças Armadas a missão de fechar o  perímetro em torno do Complexo do Alemão e de dar apoio logístico no  transporte de tropas. “Serão áreas nítidas de atuação definidas pela  própria Secretaria de Segurança. Trata-se de uma operação única,  composta por módulos cuja estratégia e prioridade serão definidos pelo  governo estadual”, acrescentou o ministro.
De acordo com o  ministro, está ocorrendo agora uma mudança de paradigma nas relações  entre as forças federais e estaduais, e não há possibilidade de atritos  nessas relações. "Chegamos a um ponto em que o confronto é necessário  para termos um estado com paz e tranquilidade", afirmou Jobim. Ele  destacou a coragem do governador Sérgio Cabral pela decisão tomada. "É  uma operação de risco e alguns políticos não gostam de correr risco”,  concluiu.
 
 
 
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