De acordo com Lula, eles não tratam o livre comércio com a mesma coerência que o Brasil. O presidente falou sobre o assunto ao dar início às obras de um alcoolduto no município do interior paulista. Ele afirmou ainda que a promessa de que logo todo o mundo começaria a usar etanol não se confirmou.
"Estávamos trabalhando com promessas de que o mundo todo começaria a usar etanol e isso não aconteceu porque o chamado mundo desenvolvido não fala de livre comércio com a mesma coerência que nos falamos. Não é possível falar em livre comércio e criar sobretaxa para o etanol brasileiro e não para outros produtos e outras fontes energéticas", disse Lula, em seu discurso.
A partir do momento em que o Brasil começa a competir em igualdade de condições, os países desenvolvidos passam a colocar restrições aos produtos brasileiros, afirmou Lula. Como exemplo, citou as barreiras impostas à exportação de carne brasileira. "Quem coloca obstáculo à qualidade da carne brasileira são os mesmos que têm a doença da vaca louca, que não cuidaram de seu rebanho e que tentam acusar o Brasil de não produzir carne de qualidade".
Após o discurso, Lula afirmou que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro prejudica os demais países. "Não podemos aceitar o fato de os Estados Unidos quererem fazer seu ajuste interno com base na produção dólares. Mais dólares que vão causar inflação e problemas em outros países".
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