segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Comércio inflaciona preços na tragédia

PM manda prender comerciantes que aumentam valores de mantimentos na região serrana do Rio. Nova chuva deixa mais três pessoas soterradas
Castigada pelas chuvas e acuada pela dor, os moradores da região serrana do Rio de Janeiro ainda estão se tornando refém dos preços altos. Comerciantes estão aproveitando a tragédia para aumentar os seus lucros, praticando preços abusivos na venda de alimentos, água, vela e outros produtos.  Um galão de  20 litros de água mineral, em Nova Friburgo, por exemplo,  é vendido por até R$ 40. Antes da tragédia, custava R$ 5,5.

Neste domingo pela manhã, o Comando da Polícia Militar deu ordens a todos os PMs envolvidos nos socorros às vítimas para prender todos que forem flagrados neste tipo abuso.

"Não vamos tolerar esse tipo de atitude. Pessoas que se aproveitam da desgraça alheia para ter lucro deve ser presas imediatamente", disse  o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte. A medida foi tomada em Terersópolis e em Nova Friburgo. A  Polícia Civil informou que  adotará a mesma atitude.
foto: REUTERS/Ricardo Moraes
Parentes em cima de uma casa destruída, procuram corpos após deslizamentos de terra em nova Friburgo.


A instabilidade continua na região. Neste domingo, novos deslizamentos deixaram três pessoas soterradas em Itaipava, distrito de Petrópolis. No município, 80 pessoas continuam isoladas. Em toda a região serrana, segundo informações da PM, há pelo menos 20 áreas completamente isoladas com moradores ainda aguardando resgate.

O número de mortos na tragédia chegou ontem a 631 pessoas. E mais de 8 mil  estão desabrigadas. " Há pontos em que avalanches levaram famílias inteiras e não tem quem reclame os corpos. Na minha equipe, atuam  vários policiais que perderam parentes", disse o coronel James Barros, comandante do 11º BPM, de Friburgo. 

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