sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Bola e 3 policiais são indiciados

Em caso semelhante ao de Eliza

Ex-policial presta depoimento no Tribunal do Júri de Contagem. Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
Bola foi indiciado, com mais três policiais,
por suposto envolvimento em crime semelhante ao de Eliza 
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
Ney Rubens Direto de Belo Horizonte

A Corregedoria de Polícia Civil em Minas Gerais indiciou o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, e outros três policiais civis ex-integrantes do Grupo de Resposta Especial (GRE) da corporação mineira pelos crimes de peculato, sequestro e cárcere privado.
O documento, assinado pelos delegados Alexandre França Campbell Penna e Luiz Fernando da Silva Leitão e entregue à Justiça na última semana, afirma que o grupo teria executado dois homens abordados na região metropolitana de Belo Horizonte.
As vítimas, identificadas como Paulo César e Marildo Dias, teriam sido mortas da mesma forma que a ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Segundo o relatório, eles teriam sido estrangulados com um torniquete e depois esquartejados, sendo os corpos jogados para cães criados por Bola e queimados em uma montanha de pneus.
Dentre as provas apresentadas, está o cruzamento de ligações telefônicas que acusou a presença dos quatro indiciados na mesma região e horário do crime, além de testemunhas que teriam reconhecido os acusados e os veículos que utilizaram no dia em que sequestraram as vítimas, incluindo duas viaturas do GRE.
O crime teria acontecido em um sítio às margens da BR-040 na cidade de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, local alugado por Bola, onde foi construído um centro de treinamento utlizado por alguns integrantes do GRE.
De acordo com o relatório, apesar das provas testemunhais e objetivas indicarem que houve o crime, os suspeitos não foram indiciados por homicídio, uma vez que os corpos não foram encontrados, ao contrário do que aconteceu com oito réus acusados pela morte de Eliza.
O relatório segue para análise no Ministério Público, que decide se oferece denúncia contra os acusados.      Redação Terra

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