segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desaparecido da ditadura pode estar enterrado na Bahia

Ativista João Leonardo da Silva Rocha foi banido do país, mas retornou e trocou de nome


Ainda hoje, familiares buscam conhecer o destino de centenas de pessoas que desapareceram durante a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985. Muitas destas pessoas foram mortas e enterradas de maneira clandestina, sem que seus corpos fossem devidamente identificados.

O advogado e professor João Leonardo da Silva Rocha pode ser um destes desaparecidos. Banido do país em 1969, ele pode ter sido enterrado com um nome falso no sertão da Bahia, em Palmas de Monte Alto, que fica a 730 quilômetros de Salvador.

O advogado integrava o grupo de presos políticos que foram soltos em troca da libertação do embaixador americano Charles Elbrick, sequestrado em 1969 por militantes do MR8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro) e da ALN (Aliança de Libertação Nacional). Quem também esteve entre estes militantes foi o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu.


João Leonardo foi indiciado pela primeira vez aos 20 anos por escrever um artigo considerado ofensivo aos militares. Ele também foi acusado de três outros crimes, entre eles o de participar de um plano para assassinar um funcionário da embaixada americana.


Após serem soltos, os presos trocados pelo embaixador americano foram para Cuba, mas o professor retornou ao Brasil. Palmas de Monte Alto, onde ele adotou o nome de José Eduardo Lourenço, foi seu último destino.
 

Do R7, com informações do Jornal da Record

Nenhum comentário:

Postar um comentário