Presidente dos Estados Unidos encontrará Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
Reprodução/Record News
O presidente dos Estadus Unidos, Barack Obama, desembarca em Brasília
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcou no Brasil às 7h45 deste sábado (19) para sua primeira visita oficial ao país.
O avião do líder americano, o Boeing 747 Air Force One (Força Aérea Um), pousou na Base Aérea de Brasília às 7h31, cerca de cinco minutos antes do previsto.
Obama deixou a aeronave acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas, Sasha e Maila. Imediatamente, o presidente dos EUA embarcou em uma limusine blindada e seguiu para um hotel da capital que foi fechado exclusivamente para sua comitiva.
O primeiro compromisso oficial de Obama acontece às 10h, quando o líder encontra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
A nova presidente já demonstrou que os EUA voltaram a ganhar importância na diplomacia brasileira ao nomear, por exemplo, o ex-embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, como seu chanceler (ministro das Relações Exteriores). Obama também se apressou em vir ao país, invertendo a tradição (até então, eram os presidentes brasileiros quem primeiro visitavam os americanos).
Para Shannon O’Neil, especialista em América Latina do Council on Foreign Relations, de Washington, a história guerrilheira de Dilma e a trajetória espetacular do primeiro presidente negro dos EUA pode ajudar a fomentar a tal “química pessoal”, que tanto ajuda a diplomacia.
- A identificação já é natural por serem dois presidentes pioneiros [Dilma a primeira mulher presidente do Brasil, e Obama o primeiro negro na Presidência americana]. Desde que Dilma foi eleita, ambos deram sinais de relação será mais funcional, objetiva e reflexiva.
A viagem também será uma oportunidade para os EUA reconhecer o novo papel ocupado pelo Brasil na cena internacional, segundo a especialista.
Economia deve dominar conversa
Obama chega ao Planalto às 10h, junto da mulher Michelle Obama. Após uma salva de tiros de canhão, o presidente americano terá uma conversa privada com Dilma.
A chamada “guerra cambial” movida pela China (com prejuízos aos EUA e ao Brasil) deve entrar na conversa, assim como o aumento de comércio entre os dois países. Antes o maior parceiro comercial dos brasileiros, os americanos tentam conter o avanço dos chineses na América Latina.
Da conversa pode sair algum acordo energético: os EUA estão interessados no petróleo do pré-sal e o Brasil quer vender etanol para os americanos. Além disso, Dilma e Obama podem fazer uma dobradinha em defesa da energia nuclear, já que tanto Brasil quanto os EUA pretendem construir mais usinas – e a crise no Japão pode afetar os planos.
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EUA não devem apoiar sonho do Brasil na ONU
Obama deve frustrar a expectativa do governo brasileiro, que gostaria de receber apoio americano ao projeto do Brasil de se tornar um membro permanente da ONU (se juntando ao clube dos cinco grandes – EUA, China, Reino Unido, França e Rússia).
Os EUA não devem apoiar a aspiração brasileira, apesar de terem garantido apoio a outro emergente, a Índia, na visita que Obama fez a Nova Déli, no ano passado.
Para compensar a frustração, espera-se um acordo que acabe com o visto prévio obrigatório para a entrada de brasileiros nos EUA, e de americanos no Brasil. Além do aumento de turistas, a proposta esbarra em questões de segurança.
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