quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os restos mortais de Juan foram encontrados no Rio Botas, em Belfort Roxo no Rio de Janeiro

Segundo peritos, não há marca de fraturas no corpo do menino
                  Juan estava desaparecido desde 20 de junho

O diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, delegado Sérgio Henriques, informou nesta quarta-feira (6) que não foi possível determinar a causa da morte do menino Juan Moraes, de 11 anos. O laudo do exame cadavérico não apontou sinais de fratura ou perfuração por tiro na ossada da criança.
Segundo testemunhas, Juan foi baleado no pescoço. Apesar de a perícia não conseguir determinar, ao examinar a ossada, a parte do corpo em que o menino teria sido baleado, o fato de não haver fratura pode indicar que Juan tenha mesmo sido ferido no pescoço, uma vez que se trata de uma região com mais músculos e menos osso.
Os restos mortais de Juan foram encontrados no Rio Botas, em Belfort Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 30 de junho. Na ocasião, uma das peritas disse que o corpo era de uma menina e descartou que fosse de Juan.
Henriques admitiu que a afirmação foi precipitada, já que o exame de DNA confirmou que o corpo é de Juan.
Sangue do menino foi encontrado no chinelo que ele usava, achado pela perícia bairro Danon, em Nova Iguaçu, também na baixada, local onde houve a perseguição com a Polícia Militar, ocasião em que o garoto desapareceu. O DNA de ambos foi examinado e a perícia constatou ser do garoto.
Henriques também descartou dúvidas sobre o DNA de Juan. Segundo ele, foram feitas análises das amostras do DNA de duas maneiras e ambas deram o mesmo resultado.
- Os exames de DNA feitos têm 99,99% de eficácia. Além do exame feito no corpo, também comprovamos o mesmo resultado no chinelo. Não há dúvidas que Juan esteja morto.
Segundo a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, dois processos administrativos que vão avaliar a conduta da perita e do delegado-titular da Delegacia de Comendador Soares (%56ª DP), em Nova Iguaçu, Claudio Nascimento de Souza. Martha também afastou o delegado da chefia da unidade. O novo titular ainda não foi anunciado.
O menino Juan despareceu no dia 20 de junho, quando policiais e criminosos trocaram tiros no bairro do Danon, em Nova Iguaçu.
  
Marcelo Bastos, do R7

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