Numa altura em que se questiona qual será a posição do Exército, depois do discurso do Presidente, Conselho Supremo das Forças Armadas anuncia comunicação ao país
Por: Redacção / MM
- Galeria Protestos no Egipto
Dezenas de milhares de pessoas estão já concentradas, esta sexta-feira de manhã, na Praça Tahrir, no Cairo, para mais uma manifestação contra o Presidente egípcio, Hosni Mubarak. O Chefe de Estado delegou alguns poderes no vice-presidente, esta quinta-feira, mas não renunciou ao poder.
Numa altura em que há expectativas sobre qual será a posição do Exército, depois do discurso de Mubarak, o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) do Egipto realizou uma reunião «importante». O conteúdo e o resultado dessa reunião não foi ainda divulgado, mas o CSFA anunciou que vai divulgar um comunicado, avança a agência noticiosa estatal egípcia, MENA, citada pela AP.
Entretanto, o ministro das Finanças egípcio disse esta sexta-feira que os militares não estão a participar da governação e assegurou que as forças armadas estão na rua «para proteger os manifestantes e proteger o país» e sublinhou que «os poderes foram entregues, não aos militares, mas ao vice-presidente». Numa entrevista telefónica com a agência Reuters, Samir Radwan admitiu ainda: «Se a fórmula funcionar, estaremos numa posição muito melhor».
«O Governo está a funcionar. Ontem tive uma reunião ministerial no comité que monitoriza a economia todos os dias. Não temos qualquer intervenção militar. AS minhas comunicações são com o primeiro-ministro», disse.
Obama: transição apresentada por Mubarak «não é clara»
Numa reacção ao discurso de quinta-feira de Mubarak, o presidente americano, Barack Obama, considerou que a «transição da autoridade» apresentada pelo presidente egípcio Hosni Mubarak «não é clara se é imediata, significativa ou suficiente».
«Demasiados egípcios mostram-se pouco convencidos que o Governo seja sério sobre uma genuína transição para a democracia e da sua responsabilidade de falar claramente ao povo e ao mundo», afirmou Obama em comunicado.
Para o presidente norte-americano, o Governo do Egipto «deve avançar por um caminho inequívoco, credível e concreto até à democracia genuína e até ao momento não aproveitou essa oportunidade».
Numa reacção ao discurso de quinta-feira de Mubarak, o presidente americano, Barack Obama, considerou que a «transição da autoridade» apresentada pelo presidente egípcio Hosni Mubarak «não é clara se é imediata, significativa ou suficiente».
«Demasiados egípcios mostram-se pouco convencidos que o Governo seja sério sobre uma genuína transição para a democracia e da sua responsabilidade de falar claramente ao povo e ao mundo», afirmou Obama em comunicado.
Para o presidente norte-americano, o Governo do Egipto «deve avançar por um caminho inequívoco, credível e concreto até à democracia genuína e até ao momento não aproveitou essa oportunidade».
ElBaradei: Egipto «vai explodir»
O opositor egípcio e Prémio Nobel da Paz Muhammad ElBaradei previu, esta quinta-feira, depois de discurso de Mubarak, que o Egipto «vai explodir» e apelou à intervenção do Exército para «salvar o país». Declarações divulgadas através do Twitter.
«O Egipto vai explodir. O Exército deve salvar o país agora», escreveu.
Antes, ElBaradei apelara à criação de um conselho presidencial de três pessoas e de um governo de unidade nacional, em entrevistas a duas publicações, norte-americana e austríaca.
O opositor egípcio e Prémio Nobel da Paz Muhammad ElBaradei previu, esta quinta-feira, depois de discurso de Mubarak, que o Egipto «vai explodir» e apelou à intervenção do Exército para «salvar o país». Declarações divulgadas através do Twitter.
«O Egipto vai explodir. O Exército deve salvar o país agora», escreveu.
Antes, ElBaradei apelara à criação de um conselho presidencial de três pessoas e de um governo de unidade nacional, em entrevistas a duas publicações, norte-americana e austríaca.
TVI 24
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