O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assumiu o cargo nesta terça-feira com uma crise já instalada em seu governo. O PV (Partido Verde), um dos partidos que compõe a equipe, na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, rebelou-se contra a proposta de Haddad de afrouxar a inspeção veicular, tornando-a obrigatória apenas a cada dois anos e isentando veículos com menos de cinco anos de uso. Foi justamente o PV, que já ocupa essa pasta na gestão de Gilberto Kassab (PSD), o criador da inspeção nos moldes atuais.
“Nossa proposta é ampliar ainda mais o rigor da inspeção veicular”, afirmou Ricardo Teixeira (PV), que assumiu a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente na constrangedora situação de tentar reverter a proposta já anunciada pelo novo prefeito. “A mim o prefeito não disse que pretende mudar a inspeção veicular. É tudo pura especulação”, garantiu.
Haddad assinou o termo de compromisso e posse na Câmara Municipal prometendo fortalecer o Poder Legislativo. “Esse é o poder representativo da vontade popular”, afirmou, com a tranquilidade de quem terá maioria absoluta na Casa.
Na cerimônia de transmissão do cargo na Prefeitura, o novo prefeito foi saudado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que minimizou a chegada do PT, seu adversário político, no Executivo municipal: “É como uma corrida de revezamento”.
Em seu discurso, Haddad disse que o enfrentamento da miséria vai ser sua maior prioridade e cutucou seus antecessores: “Não é mais possível viver com tanta desigualdade, com tanto descaso. Ainda existe muita miséria em São Paulo”. (Fonte: Diário de São Paulo)
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