Em entrevista ao jornal O Globo, as vésperas de assumir o comando da capital paulista, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, avalia que o julgamento do mensalão tem de ser acatado e vê dificuldades, do ponto do vista jurídico, de uma apelação ser levada à Corte Interamericana.
Para ele, o ministro Joaquim Barbosa julgou com convicção, e o governo federal agiu de maneira exemplar ao garantir que o STF decidisse com independência. Haddad avalia ainda que é muito difícil dar crédito às novas denúncias de Marcos Valério.
Na avaliação dele, o ex-presidente Lula deixou claro que as acusações contra ele são mentiras.Na festa da posse, o senhor brincou que era um dos “postes” do ex-presidente Lula. Qual foi o peso do ex-presidente em sua vitória?
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva urdiu a minha candidatura desde o começo e foi o maior avalista dessa proposta, de maneira que participou do começo ao fim da campanha eleitoral.
Ele será seu principal conselheiro em questões administrativas?
A sua vitória em São Paulo, assim como a da presidente Dilma, pôs em evidência uma nova geração de lideranças do PT. Esse novo perfil fortaleceu-se no partido com o enfraquecimento de antigos dirigentes envolvidos no mensalão?
Como avalia a postura do ministro Joaquim Barbosa no julgamento do mensalão? Tem a mesma avaliação de membros do PT de que foi um julgamento político?
É um julgamento que vai ensejar muita discussão doutrinária. Há opiniões muito divididas, na comunidade jurídica, em torno da nova jurisprudência criada. Não vejo como ruim essa discussão, sempre respeitando a questão da institucionalidade.
Os membros da Suprema Corte foram indicados, inclusive pelo governo anterior, e julgaram de acordo com a sua consciência e com o seu conhecimento jurídico. Não faço reparos em relação a isso.
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