segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SP: SERRA não pretende encerrar a carreira politica, mais qual será seu futuro no PSDB


José Serra posa para os fotógrafos ao lado do neto depois de votar em São Paulo. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Em seu pronunciamento após o resultado das urnas, José Serra (PSDB) deixou claro que não pretende encerrar sua carreira política com a derrota para Fernando Haddad (PT). “Chego ao final desta campanha com mais energia do que quando entrei. Saio revigorado”, disse ele, em discurso rápido no comitê eleitoral de sua candidatura, no centro de São Paulo.

Em outro momento do breve discurso, Serra demonstrou querer terminar a campanha olhando para frente: “Nossa campanha foi uma campanha a favor de São Paulo. Uma campanha limpa, propositiva, que defendeu a ética na vida pública”. Com isso, ele mira o futuro, preocupado com a altíssima rejeição que o atrapalhou nestas eleições. Essa rejeição é atribuída por muitos à disputa presidencial de 2010, quando o candidato tucano se agarrou a temas como o aborto – tradicionalmente não muito bem recebidos pelo eleitorado brasileiro.

Ao lado de Serra estavam os expoentes do pequeno grupo que o acompanhou durante toda a campanha: Gilberto Kassab (PSD), prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), governador do Estado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), senador, e Andrea Matarazzo, vereador eleito da capital paulista pelo PSDB. Chamou a atenção dos presentes a ausência de líderes nacionais do partido, ainda que o segundo turno em São Paulo tenha se transformado no mais simbólico embate entre governo e oposição.

Serra encerrou sua fala com um  ”vamos em frente. Mas o futuro político dele é incerto, apesar do esforço para demonstrar otimismo e energia. O movimento é liderado por um grupo de parlamentares tucanos paulistas, entre eles o deputado federal Vaz de Lima e o senador Aloysio Nunes Ferreira. A proposta seria aclamar Serra líder nacional da oposição ao governo Dilma Rousseff.

Porém, a ideia encontra resistências entre os correligionários do senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente. Os “aecistas” temem que, uma vez à frente do partido, Serra possa atrapalhar os planos do senador de concorrer pela primeira vez ao Planalto. Os paulistas tentam convencer Aécio de que apoiar Serra para presidir o PSDB seria um gesto nobre, que selaria a paz na principal legenda de oposição.(Informações Época)

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