sexta-feira, 23 de setembro de 2011

História de morte forjada se espalha e Mulher-Ketchup vira alvo de piadas


Pouco importa a abundância da Mulher-Melancia, a potência da Mulher-Melão, o sabor da Mulher-Morango ou o volume da Mulher-Samambaia. Pindobaçu, a 377 quilômetros de Salvador, só quer ketchup. A dona de casa Erenildes Aguiar Araújo não tem os requisitos de suas ‘colegas’ famosas, mas foi capaz de dar um tempero cômico a uma história que tinha tudo para terminar em tragédia. Em qualquer esquina, botequim ou carrinho de cachorro-quente da cidade, só se fala nela. A notícia da mulher que em acordo com seu algoz banhou o corpo de ketchup para forjar a própria morte se espalhou mais rápido que mancha de molho de tomate. “Você sabe, né? A cidade é pequena. Todo mundo conhece todo mundo”, diz Erenildes, que agora é chamada e Mulher-Ketchup. Primeiro repórter a repercutir o caso, o radialista Walterley Kuhin sabia que a história um dia ia estourar, mas não imaginava que ganharia manchetes na capital e  muito menos que respingaria ketchup nos telejornais de todo o país. 
Exposição Localizada no Norte do estado, Pindobaçu logo virou notícia em Senhor do Bonfim, maior cidade da região, e alcançou as vizinhas Campo Formoso e Filadélfia, ganhando cada vez mais molho para a chacota. Até o prefeito Hélio Palmeira brinca com o fato. Ele acha positivo a exposição do município, ainda que através de um fato tão esdrúxulo. “Pelo menos eleva o nome da cidade. Afinal de contas, não houve violência. Ninguém morreu”. Enquanto ouve as piadas, Erenildes, que antes de ser a Mulher-Ketchup era conhecida como Lupita, não só renega o novo apelido como diz ignorá-lo. “O pessoal grita por aí, mas eu ignoro. É coisa de gente baixa e sem classe”.  Informações do Correio

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