Camila Galvez Do Diário do Grande ABC
Quando, semana passada, São Bernardo firmou acordos com 18 cooperativas, somando R$ 8,8 milhões em investimentos, tornou-se a segunda cidade da região a cumprir a lei federal que determina que 30% dos produtos da alimentação escolar devem ser adquiridos de produtores da agricultura familiar.
Das sete cidades do Grande ABC, apenas São Bernardo e Ribeirão Pires conseguiram selecionar produtores que tivessem preço viável e qualidade para concorrer com os grandes fornecedores. Mesmo assim, esta última costuma comprar de cooperativas do Rio Grande do Sul e do Interior de São Paulo.
Santo André, que conta hoje com dois fornecedores da agricultura familiar localizados no Interior de São Paulo, afirmou ter dificuldades para alcançar a meta do governo federal. Um dos motivos apontados é o fato de o Grande ABC ser um centro urbano com pouca produção agrícola familiar, o que encarece o frete e torna os preços menos competitivos.
O preço também é problema em Diadema, que divulgará nos próximos dias o terceiro chamamento público para os produtores .
No primeiro, embora 16 fornecedores tenham retirado o edital, apenas um apresentou preço, mas acima do previsto. Já no segundo, o valor do fornecedor de arroz da agricultura familiar foi superior ao estabelecido na ata de registro de preço, o que também impediu a realização de contrato.
São Caetano já abriu chamamento duas vezes, em 2010 e novamente neste ano. No ano passado, ninguém foi selecionado. Agora, o procedimento ainda se encontra em andamento, assim como em Mauá, que abriu a chamada pública neste mês.
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