Menina morre um dia depois de ser salva de afogamento e comove até equipe de resgate
Rio - Resgatada com vida de uma profundidade de quase quatro metros no Rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, quinta-feira, após ficar 20 minutos submersa, Crystal da Silva Cardoso, de 1 ano e 2 meses, não resistiu a complicações e morreu às 20h30 desta sexta-feira. Médicos tentavam salvá-la durante todo o dia, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde, na porta, vários bombeiros que a tinham socorrido, parentes, vizinhos e até desconhecidos fizeram corrente de fé pela recuperação do bebê. A causa da morte será divulgada após a liberação do laudo do IML.
Cristal da Silva Cardoso, de 1 ano e 2 meses, foi localizada no fundo do canal, desacordada | Foto: Ivaldo A. Silva / Agência O Dia
Indiciado
“Tive um pressentimento ruim hoje à tarde, embora estivesse cheio de esperança de que ela sobrevivesse. Infelizmente, ela era muito frágil e lutou até onde pôde pela vida. Para nós, fica apenas a sensação de que cumprimos nosso dever. Mas a vitória completa era ela vencer a morte”, lamentou o cabo bombeiro Luiz Carlos Castellar, 33 anos, do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, ao saber da morte da criança através de O DIA.
Ao chegar ao local, 20 minutos depois do acidente, Catellar levou menos de um minuto para encontrar a menina, mesmo com a água turva pela poluição. O último boletim médico, no final da tarde, dava conta de que estava em estado grave, mas estável, respirando por aparelhos. “Nossos bravos guerreiros estão arrasados, mas prontos novamente amanhã (hoje) para realizar novos e difíceis salvamentos. Somos treinados para isso, embora seja difícil separar o lado profissional do emocional”, disse o relações públicas do Corpo de Bombeiros, coronel Evandro Bezerra.
SEM HABILITAÇÃO
O bebê estaria sem cadeirinha, ao lado da mãe, Elisivane Cardoso da Costa, 26 anos, no banco de trás do Audi dirigido pelo aposentado Moacir dos Santos, 52. O motorista, que estava com carteira de habilitação vencida há oito anos, teria confessado que ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir. Ele perdeu a direção ao tentar uma ultrapassagem arriscada, caindo no rio. O motorista, Elisivane e outra mulher que estava no carro saíram ilesos.
“Tive um pressentimento ruim hoje à tarde, embora estivesse cheio de esperança de que ela sobrevivesse. Infelizmente, ela era muito frágil e lutou até onde pôde pela vida. Para nós, fica apenas a sensação de que cumprimos nosso dever. Mas a vitória completa era ela vencer a morte”, lamentou o cabo bombeiro Luiz Carlos Castellar, 33 anos, do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, ao saber da morte da criança através de O DIA.
Ao chegar ao local, 20 minutos depois do acidente, Catellar levou menos de um minuto para encontrar a menina, mesmo com a água turva pela poluição. O último boletim médico, no final da tarde, dava conta de que estava em estado grave, mas estável, respirando por aparelhos. “Nossos bravos guerreiros estão arrasados, mas prontos novamente amanhã (hoje) para realizar novos e difíceis salvamentos. Somos treinados para isso, embora seja difícil separar o lado profissional do emocional”, disse o relações públicas do Corpo de Bombeiros, coronel Evandro Bezerra.
SEM HABILITAÇÃO
O bebê estaria sem cadeirinha, ao lado da mãe, Elisivane Cardoso da Costa, 26 anos, no banco de trás do Audi dirigido pelo aposentado Moacir dos Santos, 52. O motorista, que estava com carteira de habilitação vencida há oito anos, teria confessado que ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir. Ele perdeu a direção ao tentar uma ultrapassagem arriscada, caindo no rio. O motorista, Elisivane e outra mulher que estava no carro saíram ilesos.
A menina é retirada do canal pelo Corpo de Bombeiros e voluntários que ajudaram no resgate - Foto: Ivaldo A. Silva / Agência O Dia
Na 42ª DP (Recreio), onde foi indiciado por lesão corporal culposa, Moacir agora poderá responder também por homicídio. O Detran abriu processo para cassar a carteira de habilitação dele.
A tia de Crystal, Elisane Rocha, 30 anos, disse que o pai da criança nunca quis registrar a menina, e só pagou pensão no mês passado por determinação da Justiça. Ele e alguns familaires tentaram agredir a mãe da criança, mas foram contidos.
O DIA Reportagem de Francisco Edson Alves e Geraldo Perelo
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