OSMAIRO VALVERDE DA REDAÇÃO DE BRASÍLIA -Jornal Ciência
Os pais ensinam que seus filhos devem valorizar as ambições das carreiras profissionais muito mais do que passar horas agradáveis com os amigos, revelou pesquisa.
O estudo mostrou que alunos de grandes universidades que possuem ambições de conseguir ótimos empregos sofrem mais de problemas relacionados à saúde e morrem mais cedo, comparado com pessoas que possuem aspirações mais modestas sobre seu futuro profissional e financeiro.
A pesquisa americana rastreou 717 empreendedores que estudaram em grandes universidades como Oxford, Harvard, e Yale, bem como pessoas que não possuíam formação universitária, até o fim de suas vidas. O professor Timothy Judge, que comandou o estudo na Universidade de Notre Dame, em Indiana, EUA, disse: “Filhos ambiciosos apresentam maior nível de escolaridade, com formação em universidades altamente conceituadas, trabalham em ocupações mais prestigiosas e ganham bem mais ”.
“Então, parece que eles estão prontos para ter tudo. No entanto, determinamos que a ambição possui efeito muito fraco sobre a satisfaçãocom a vida e realmente ocorre um ligeiro impacto negativo na longevidade. Então, pessoas ambiciosas que alcançam carreiras bem sucedidas não parecem levar uma vida feliz ou saudável ”, salientou Judge.
O professor usou uma fórmula social complexa para julgar características que demonstram alguém ser ambicioso ou menos ambicioso, dividindo os participantes em dois grupos.
“A ambição tem seus pontos positivos, proporcionando sucesso na carreira, mas essa conquista carrega consigo um custo. Apesar de muitas realizações, pessoas ambiciosas são menos felizes, comparado com pessoas com menor ambição, vivendo um tempo mais curto”, comentou o professor Judge.
“Talvez os investimentos que fazem em suas carreiras à custa das coisas que sabemos ser prejudiciais como, por exemplo, comportamento amoroso desgastante, falta de hábitos saudáveis e baixa rede de contato social, seja o fator influenciador para o menor tempo de vida”.
O professor Judge acrescenta: “Se você quer que seus filhos sejam mais saudáveis, você não pode sublinhar com demasia o sucesso profissional. Há limites para a ambição, até mesmo para nossos filhos”.
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