Operação contou a participação de 250 policiais federais (Foto: Divulgação/PF)Bruno AraújoDo G1 SPFuncionários dos Correios recebiam cerca de R$ 200 por cartão de crédito desviado dos centros de distribuição de São Paulo, segundo investigação da Polícia Federal. Nesta quarta-feira (9), a Operação Crédito Fácil da PF desmantelou três quadrilhas de fraudes em cartões de crédito e de débito. Os mandatos de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na Grande São Paulo, em Itapetininga e em Limeira. No total, 34 pessoas foram presas – quatro delas eram funcionários dos Correios. Até final desta manhã, um carteiro permanecia foragido.
De acordo com o delegado Fabrício de Souza Costa, coordenador da operação, os desvios aconteceram em quatro centros de distribuição dos Correios - Jaguaré, Saúde, Vila Carrão e Guarulhos. Estima-se que mais de 2.500 cartões tenham sido roubados entre janeiro de 2011 e outubro de 2011, totalizando aproximadamente 5 mil transações - concluídas ou não. O prejuízo causado pelas quadrilhas pode superar a cifra de R$ 4 milhões. O montante refere-se apenas ao prejuízo causado a clientes da Caixa Econômica Federal (CEF).
Os 42 mandados de prisão e 58 de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo e cumpridos por 250 policiais federais. A PF apreendeu também mídias, telefones celulares e eletroeletrônicos adquiridos com os cartões roubados.
Os investigados da Operação Crédito Fácil realizam compras, transferências bancárias e pagamentos de boletos bancários com os cartões furtados dos Correios e com outros cartões clonados.
A Justiça Federal decretou o bloqueio de ativos financeiros e veículos dos envolvidos.
As investigações fazem parte do Projeto Tentáculos, uma parceria entre a CEF, o Ministério Público Federal e a PF com a utilização de um software desenvolvido para investigar fraudes bancárias realizadas contra o banco. O programa reúne registros de estelionatos e cruza informações com um banco de dados. Segundo Souza Costa, existe um projeto de acordo com a Federação Brasileira de Bancos para que outros bancos também alimentem esse banco de dados.
Os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, estelionato, receptação, formação de quadrilha, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.
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