SP greve de ônibus no ABC e duas linhas da CPTM param além da SABESP

Sabesp também confirmou greve geral nesta quarta, mas promete abastecimento

Do R7, com Agência Record

 Epitácio Pessoa/AE

Veja outras fotos da paralisação

CPTM afirma que linha 12 e extensão da linha 11 estão completamente paradas nesta quarta-feira

O secretário-geral do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC) confirmou que a greve da categoria teve início à 0h desta quarta-feira (1º). Sete cidades foram afetadas com a paralisação dos veículos: Mauá, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires, Diadema, Santo André e Rio Grande da Serra.

Veja a situação do trânsito em SP

Os trabalhadores farão uma nova reunião, por volta das 17h, para discutir um possível acordo ou a continuação da paralisação.

Saiba como escapar de ônibus ou táxi
Além dos ônibus, a linha 12- Safira (Brás a Calmon Viana) e a extensão da linha 11- Coral (Guaianazes a Estudantes), que não abrange o expresso Leste, da CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos), estão completamente paradas no início da manhã desta quarta-feira.

Foi prejudicado pela greve? Envie seu relato

Na tarde da terça (31), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) havia determinado que os ferroviários mantivessem em operação 90% da frota nos horários de pico e 70% das composições em circulação nos outros horários. Porém, os sindicatos que representam as linhas 11, 12, 8-Diamante (de Júlio Prestes a Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco a Grajaú) descumpriram a determinação e pararam totalmente as operações na linha 12 e no trecho de extensão da linha 11.

A CPTM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, na extensão da linha 11, ônibus gratuitos operam para transportar os passageiros.
- Para minimizar os transtornos aos usuários, a CPTM acionou a operação Paese (transporte gratuito com ônibus) entre as estações Guaianazes e Estudantes.

A CPTM considera como horário matutino de pico o período entre 5h e 9h30 da manhã. Não há previsão para os trens voltarem a operar. Além disso, a companhia informa que "contará com o auxílio de empregados do Metrô treinados para atuarem no plano de contingência".

As demais linhas da CPTM - Expresso Leste, 7-Rubi (Luz - Jundiaí) e 10- Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra) - operam normalmente. Estima-se que pelo menos 1,4 milhão de pessoas devam ser afetadas pela greve.

A parada das linhas 11 e 12 afeta os moradores da zona leste e dos municípios do Alto Tietê - Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Mogi das Cruzes. Nessas regiões, espera-se um dia de caos no trânsito, não apenas nos horários de pico, mas durante toda a duração da paralisação.

O Sindicato dos Ferroviários, que responde pelas linhas que atendem do ABC até Jundiaí, afirmou que não aderiu à greve, mas que fará novas assembleias e pode paralisar o serviço a qualquer momento. 

A CPTM apresentou nesta terça-feira nova proposta aos quatro sindicatos representantes da categoria. A CPTM ofereceu reajuste salarial de 3,07%, reajustou o valor do vale-refeição mensal em 8,77%, passando de R$ 15,63 para R$ 17 por dia, enquanto o Auxílio Maternal acompanhou o índice de 3,07% e subiu de R$ 198,39 para R$ 204,48.

Sabesp

Além deles, trabalhadores da Sabesp também entraram em greve à 0h desta quarta-feira. Apesar disso, a companhia informou que o trabalho de abastecimento de água não deve ser interrompido.

Abastecimento não será interrompido
A Sabesp apresentou uma proposta de reajuste salarial de 6,39% sobre os salários e benefícios, garantia no emprego de 98% do efetivo, aumento real de 1,30%, reajuste de 15% na gratificação de férias, que passa dos atuais
R$1.002,65 para R$1.153,00, e ampliação de licença-maternidade.