O ex-goleiro Bruno, preso desde julho de 2010 na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, prestou nesta terça-feira (28) um depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e confirmou denúncias feitas previamente por sua noiva, Ingrid Calheiros de Oliveira. Segundo essas denúncias, o advogado Robson Pinheiro e a juíza da Comarca de Esmeraldas, Maria José Starling, pediram R$ 1,5 milhão para conseguir um habeas corpus para o atleta. Bruno é acusado de envolvimento no desaparecimento e possível morte de sua ex-namorada, Elisa Samúdio.
Bruno disse também que foi vítima de tentativa de extorsão por parte do delegado Edson Moreira, que teria pedido R$ 2 milhões para livrá-lo das acusações e colocar a responsabilidade nos outros envolvidos, Luiz Henrique Romão (Macarrão) e um primo menor de idade. Diante da negativa, o delegado teria feito ameaças contra suas filhas, acusou o detento. Segundo o ex-atleta, Edson Moreira perguntou o que ele acharia de “encontrar partes de suas filhas por todo o Estado”.
CPI - As dúvidas quanto às condutas profissionais da juíza e do delegado motivaram o deputado Sargento Rodrigues (PDT) a defender a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia. Segundo o deputado, Bruno e sua noiva, além do advogado do jogador, Cláudio Dalledone Júnior, apresentaram denúncias gravíssimas à comissão contra várias autoridades, e que a apuração de todos os fatos é muito relevante para a sociedade mineira.
O líder do Bloco Minas Sem Censura, deputado Rogério Correia (PT) apoiou a ideia. Já Delvito Alves (PTB) ponderou que ela deve ser melhor discutida, já que outras entidades, como a Corregedoria de Polícia e o Ministério Público, estão tomando providências.
Informações do Jornal de Uberaba MG
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