quarta-feira, 25 de maio de 2011

Correntina Ba. violência e robos tomam conta da cidade

Sem cadeia, pequena cidade no oeste da Bahia vive onda de violência   

(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Sem cadeia, pequena cidade no oeste da Bahia vive onda de violência  (Foto: Reprodução/TV Bahia)  

















Moradores de um município com pouco mais de 30 mil habitantes, na região oeste da Bahia, estão com medo da violência. Em Correntina, os ladrões estão roubando à vontade, a qualquer hora do dia, e não são presos porque a única cadeia da cidade está fechada.
O município fica a cerca de 750 quilômetros de Salvador. Os moradores estão assustados com a onda de assaltos a mão armada. A última vítima foi um comerciante, abordado quando chegava em casa.
“Abri a porta do carro e me virei para pegar um dinheiro, chegou um e me abordou com a arma e disse: fica quieto se não, você morre”, lembra o comerciante Hércules Matos.
O carro em que o comerciante estava é do irmão dele, um veículo blindado. A estrutura é reforçada e os vidros têm a espessura de um dedo. A marca de tiro de uma outra tentativa de roubo está no teto do veículo.
Os casos de violência se multiplicam. “Eu estava vindo da casa do meu pai e saíram dois cidadãos de dentro do mato atirando por trás. Quando eu vi que era assalto, caí, arrebentei a moto todinha. Por pouco, não me acertou um tiro”, conta Heronaldo Matos.
O comércio de Correntina está vigiado 24 horas por dia pelas câmeras de segurança. Só em uma loja, são sete câmeras, além dos alarmes, e mesmo assim, o dono continua com medo dos assaltos acontecerem.
“Já tentaram invadir aqui oito horas da noite, um horário que ainda tem muita gente na rua. Eles estão fazendo isso porque está tendo impunidade’, reclama.
Moradores reclamam da falta de estrutura da polícia. Na delegacia, a antiga carceragem foi desativada porque está condenada desde 2007. O delegado não foi autorizado a gravar entrevista. Ele contou que só mantém preso quem comete crime mais graves. Nos outros casos os acusados são liberados, com o consentimento do Ministério Público.
Um homem só ficou preso numa sala improvisada como cela, pois havia o risco de linchamento se fosse solto. A esperança é de que o reforço na segurança chegue logo. “Já pensamos até em nos mudar por causa da falta de segurança que temos hoje”, diz o empresário Arnaldo Pereira.

Do G1 BA, com informações da TV Bahia

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