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A Justiça decretou no fim da noite deste sábado a prisão temporária da mulher de 39 anos suspeita de abandonar um bebê em uma caçamba em Praia Grande (SP) na segunda-feira. Ela deverá ficar presa por 30 dias. O prazo poderá ser prorrogado por igual período. O delegado Flávio Magário afirmou que pediu a prisão temporária pelo tempo máximo --o tempo pode variar de cinco a 30 dias-- por ter avaliado que a conduta da mulher se aproximava da tentativa de homicídio qualificado. Segundo ele, a mulher cometeu um crime hediondo.
De acordo com informações do delegado e do próprio advogado dela, Everton Ribeiro, a mulher é a mãe da bebê. Ambos disseram que ela confessou ter abandonado a criança na caçamba.
Ribeiro justificou o ato da mulher com base em uma suposta depressão pós-parto. Tanto ele como o delegado informaram que ela disse ter tido o filho na sexta-feira da semana retrasada (15). A mulher afirmou em depoimento que cuidou da criança por três dias, mas se sentiu pressionada a abandonar a bebê.
Um dos responsáveis pela pressão seria o pai, um homem de 57 anos que atua como vigia na casa de repouso onde a mulher trabalha como auxiliar-geral há mais de um ano. Ele não estaria disposto a assumir a criança.
À polícia, ela disse não ter condições financeiras de cuidar do bebê por ganhar R$ 600 mensais. A mulher tem seis filhos, sendo três menores de idade. Ela afirmou, no depoimento, que se arrependeu do ato.
A mulher está presa na delegacia sede de Praia Grande.
O bebê continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal Irmã Dulce.
As previsões médicas anteriores indicavam que a recém-nascida teria alta neste fim de semana, mas os exames apontaram que ela ainda sofre um processo infeccioso e precisa permanecer na UTI.
O chefe da UTI, o médico Antonio Rua, disse em um comunicado que o estado dela é grave, 'mas não é gravíssimo'.
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