O ex-vice-presidente da República José Alencar recebeu na tarde desta terça-feira (25) a medalha 25 de Janeiro, homenagem que integra as comemorações do aniversário de São Paulo.
Com a voz fraca e visivelmente debilitado, o ex-vice falou sentado em uma cadeira de rodas para as cerca de 400 pessoas que acompanhavam a cerimônia na sede da prefeitura, no centro da cidade. Ao falar do câncer contra o qual luta há mais de dez anos, disse que seria um "privilégio" morrer agora, depois de tudo que já passou.
- Se eu morrer agora, é um privilégio para mim, que a situação está tão boa, que não tem como melhorá-la.
Para participar da cerimônia, Alencar precisou de autorização dos médicos que acompanham seu estado de saúde. Seguido por uma ambulância, ele deixou o hospital Sírio-Libanês por volta das 11h30 especialmente para receber homenagem, mas deve ser internado novamente ainda hoje.
Em seu discurso, o ex-vice admitiu que ainda não está bem.
- Eu ainda não estou bem. Estou bem melhor, mas ainda não estou bem. O período longo em que fiquei ativo me trouxe essa dificuldade de locomoção. Estou fazendo fisioterapia e estou melhorando. [...] Não posso me queixar, mas tenho de fazer a minha parte. Estou lutando para não morrer e estamos vencendo com a força de Deus. E seja qual for o resultado, será uma vitória nossa. O que ele fizer é o que está certo.
Homenagem A medalha 25 de Janeiro foi entregue pela presidente Dilma Rousseff, que também participou do evento.
A homenagem foi instituída pelo decreto municipal nº 51.094 de 10 de dezembro de 2009. O texto estabelece que a medalha é concedida para quem mostra “mérito pessoal, bons serviços prestados à cidade ou serviços dignos de especial destaque, valor desportivo ou cultural”.
Em 2010, a homenagem foi concedida para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
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