quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

BA: Polícia Civil quer que Ministério Público assuma delegacia de Barreiras superlotada


complexo barreiras (Foto: Reprodução/TV Oeste)
Ruan Melo e Brenda CoelhoDo G1 BA
Os policiais civis que atuam no Complexo Policial de Barreiras, na região oeste da Bahia, ameaçam abandonar as atividades de custódia dos presos caso não seja resolvido o problema de superlotação na unidade. O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) afirma que o local abriga 107 homens, mas tem capacidade para 28, e que investigadores deixam de atuar nas ruas para vigiar detentos, o que se configura como desvio de função.
"A ideia é que todos os presos sejam retirados. Nossa função é elucidar todo o crime. Dentro da custódia, nós usamos mais da metade dos policiais civis trabalhando de forma ilegal", afirma Marcos Maurício, presidente do Sindpoc. Na segunda-feira (10), uma reunião entre o Ministério Público, o Sindpoc, o juiz da comarca de Barreiras, além de representantes de associações comunitárias, foi realizada para discutir a situação da delegacia.
"O juiz pediu 30 dias para resolver o problema. Se até o dia 3 de janeiro o problema não for resolvido, nós vamos parar de fazer a custódia", afirma Marcos Maurício. Segundo ele, não há agentes penitenciários na delegacia de Barreiras, e por conta disso, os investigadores assumem os trabalhos de manutenção dos presos.
Em razão da falta de estrutura da delegacia, Marcos conta que somente em 2012 foram registradas três fugas no Complexo de Barreiras.
“Foi uma fuga de 80 presos, outra de 50 e também de 34. É uma situação muito grave. É um dano muito grande e a sociedade civil está pagando. Policial civil tem que estar elucidando casos", destaca.

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