Elaine exibe receitas com prescrições médicas de analgésico e antialérgico
Os sintomas relatados são vermelhidão, prurido (coceira) e, em alguns casos, febre e dor no corpo. O diretor da Vigilância Epidemiológica, Celso Joélio, afirma que o problema é investigado. Segundo ele, os 18 primeiros casos foram registrados no dia 10 de fevereiro nos bairros Gravatá, Cristo Redentor, Alto da Cruz e Parque das Mangabas. Metade deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gravatá e os outros no Hospital Geral de Camaçari.
“Suspeitamos de sarampo, rubéola, dengue e chikungunya, mas os exames deram negativo. Além disso, os primeiros pacientes não relataram febre, sintoma característico”, disse o gestor. Os pacientes foram submetidos a hemograma no início de fevereiro. A partir da análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), as suspeitas iniciais foram descartadas.
Joélio procurou o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Estado, semana passada, e continua encaminhando amostras de sangue para o Lacen: “Pode ser um comportamento atípico de uma dessas doenças exantemáticas, popularmente conhecidas como viroses. Vamos incluir a roséola na lista de análises”.
Na segunda-feira, 24, pelo menos, dez pessoas ouvidas por A TARDE na UPA Nova Aliança – uma das cinco da cidade – apresentavam os sintomas. Segundo a coordenadora da unidade, Poliana Marquezine, cerca de 300 pessoas são atendidas por dia, mas os casos não estão sendo contabilizados. Sem se identificar, um médico contou que a doença é responsável por 90% das entradas nas últimas semanas.
A dona de casa Elaine Cristina Almeida, 32, levou o filho de 10 anos, que há dois dias apresentava vermelhidão em todo o corpo e febre. “A gente fica sem saber o que é. Eles aplicam apenas injeção e mandam ir para casa”, ela reclamou. Elaine disse suspeitar de alteração na água ou no ambiente: “Moramos em um polo industrial”, relacionou.
O eletricista Reinaldo Lima, 32, está com os sintomas há cinco dias. Ele disse que primeiro sentiu dores no corpo e, no quarto dia, apareceram as manchas. “O médico passou um remédio que afetou o meu estômago. Já é a quinta vez que venho aqui”, queixou-se. De acordo com Poliana, enquanto a causa não é identificada, os pacientes estão sendo medicados com antialérgicos. análise de coliformes fecais e turbidez, mas não foi encontrada anormalidade.
(A Tarde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário