Gylmar dos Santos Neves deixa o gol e nossos corações vazios num final de semana triste onde também o grande craque De Sordi, lateral do São Paulo e da seleção brasileira também nos deixou.
Frase tão conhecida como o futebol é o sinônimo de Gylmar que foi, sem dúvida alguma, o melhor goleiro brasileiro de todos os tempos.
Sua classe apareceu no Jabaquara, desfilou talento também no Corinthians, depois no Santos e, claro, na seleção brasileira. Aliás, na Copa de 58, na Suécia, o acaso fez algumas justiças. A CBD mandou a relação dos atletas sem os números das camisas e isso fez com que Pelé, o melhor de todos os tempos ficasse com a camisa 10 e Gylmar jogasse o mundial com o numero 3. Com certeza embaixo dos três paus o rei era ele.
Talento que inspirou muito mais que uma geração de goleiros era a tranquilidade quando as equipes que defendia tinham laterais ou zagueiros fora de condições de jogo. Fazia a arte de ser o último homem a impedir o gol do adversário parecer algo de uma simplicidade absoluta independente da qualidade daqueles que o enfrentavam. No jargão da posição “fechava o gol”.
Defesas que até hoje quando vemos nos antigos jogos do Santos ou da seleção nos deixam maravilhados e orgulhosos por termos um brasileiro tão bom nos tempos em que o mundo falava do soviético Lev Yashin, o Aranha Negra.
Gylmar modernizou a posição sendo o primeiro dos grandes a jogar sem as joelheiras dizendo que elas tiravam a liberdade dos movimentos. Isso aconteceu por um esquecimento do roupeiro que com medo da bronca pediu socorro ao craque que simplesmente disse que não as usaria. Simples assim.
Brilhante no campo e fora dele foi um exemplo do jogador que se preparou para o fim da carreira no futebol, tendo bastante sucesso como empresário também.
Gylmar dos Santos Neves deixa o gol e nossos corações vazios num final de semana triste onde o também grande craque De Sordi, lateral do São Paulo e da seleção brasileira também nos deixou.
O esporte brasileiro está mais pobre.
(Do R7 blog Álvaro José)
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