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A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff despencou 23 pontos - de 54,2% para 31,3% - e seu índice de intenção de votos para a eleição de 2014 caiu de 52% para 33,4% na segunda pesquisa divulgada depois da onda de protestos populares pelo País.
No momento em que Marina Silva roda o Brasil buscando assinaturas para registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, os dados divulgados nesta terça-feira pela Confederação Nacional dos Transportes/ MDA mostram que ela foi a principal beneficiada pelas manifestações e se consolidou como a mais forte adversária de Dilma.
A ex-ministra do Meio Ambiente saltou de 12,5% para 20,7% das intenções de voto e ultrapassou o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que registrou 15,2%. Na pesquisa anterior CNT/MDA, realizada no começo do último mês de junho, o parlamentar mineiro registrou 17% das intenções de voto.
A avaliação negativa do governo subiu vertiginosamente: foi de 9% em junho para 29,5% em julho. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 Estados das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O resultado foi minimizado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. “Essas pesquisas sempre registram situações de momento, são variáveis”, afirmou depois de uma audiência no Senado. O levantamento, que foi feito entre os dias 7 e 10 de julho, também registrou o crescimento da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Ele foi de 3,7% para 7,4%.
Se a eleição presidencial fosse hoje, a presidente teria que disputar o segundo turno. Na pesquisa anterior, ela venceria no primeiro. Apesar do viés, em um eventual segundo turno Dilma venceria Aécio Neves (39,6 % a 26,2%), Marina Silva (38,2% a 30,5%)e Eduardo Campos (42,1% a 17,7%).
No quesito intenção de voto espontâneo, Dilma supera o ex-presidente Lula, que rejeita a ideia de entrar na disputa: 14,8% contra 10,5%. Nesse cenário, Marina Silva aparece em terceiro com 5,9% das intenções de voto, seguida por Aécio Neves com 4,9% e Eduardo Campos com 1,4%. Logo atrás está o ex-governador paulista José Serra (PSDB) com 1,2%. Principal personagem do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa, presidente do Superior Tribunal Federal (STF), aparece na pesquisa espontânea com 0,7%.
Confirmação
O resultado confirma pesquisa do Datafolha divulgada no último dia 29. O levantamento mostrou que a popularidade da presidente caiu de 57% para 30% em três semanas. O instituto também registrou que a reprovação ao governo Dilma cresceu.
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