terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestos param São Paulo no sexto dia de protestos contra o aumento das passagens, Dilma promete ouvir as ruas

Dilma viajou a São Paulo nesta terça para se reunir com Haddad e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a redução do valor das passagens de ônibus na cidade de São Paulo.
Parte dos manifestantes que se reuniram na Praça da Sé por volta das 17h desta terça-feira, no sexto protesto contra o aumento das tarifas de ônibus -  AFP PHOTO/Miguel SCHINCARIOL
Manifestantes frente a prefeitura de são Paulo - Foto:  em.com.br
(AFP)
SÂO PAULO - Ao menos 50 mil pessoas ocuparam o centro de São Paulo nesta terça-feira, enquanto a presidente Dilma Rousseff prometia ouvir os milhares de brasileiros que saem às ruas contra o aumento dos preços das passagens e os gastos astronômicos com a Copa do Mundo de 2014, entre outras reivindicações.
Milhares de manifestantes ocuparam a Praça da Sé, no centro de São Paulo, em um protesto que reúne mais de 50 mil pessoas, segundo o instituto Datafolha.
No início da noite, um grupo tentou invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, o que levou à reação da Guarda Metropolitana.
As grades de proteção diante da prefeitura foram retiradas pelos manifestantes, que atiraram objetos contra os guardas municipais, que reagiram com gás de pimenta e bombas de efeito moral.
Diante do avanço dos manifestantes, os guardas municipais recuaram para dentro da prefeitura, enquanto integrantes do protestos se dividiam entre invadir ou não o prédio.
Após alguns incidentes, os próprios manifestantes recolocaram as grades de proteção diante da prefeitura e evitaram a invasão.
Ainda diante da prefeitura de São Paulo, no viaduto do Chá, manifestantes incendiaram uma van de retransmissão da TV Record e sacudiram uma caminhonete da Rede Globo.
Na Avenida Paulista, milhares de pessoas se manifestavam pacificamente agora a noite.
"Estou aqui porque quero reclamar por todo este dinheiro usado nos estádios. Quero educação, hospitais, e ao menos ter uma cidade mais limpa", disse à AFP a estudante Alina Castro, 18 anos, na Praça da Sé.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, aceitou rever o preço das passagens de ônibus na capital paulista, após uma reunião com integrantes do Movimento Passe Livre, que prometem manter a mobilização até a anulação efetiva do aumento, de R$ 3,00 para R$ 3,20.
"Meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança. Meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social", afirmou Dilma em um discurso no Palácio do Planalto, ao comentar o movimento que levou mais de 250 mil pessoas às ruas das principais cidades do país na véspera.
"Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas", afirmou Dilma em um discurso no Palácio do Planalto.
"Esta mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público. As vozes das ruas querem mais cidadania, melhores escolas, melhores hospitais, postos de saúde, direito à participação", acrescentou.

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