quarta-feira, 19 de junho de 2013

Preço das passagens são revogados em São Paulo ônibus, trem e metrô voltam para R$ 3,00

A partir de segunda-feira (24), a passagem de ônibus, trem e metrô na cidade voltará a custar R$ 3.00 e não mais os R$ 3,20 cobrados desde o último dia 2.
por Tadeu Breda e Viviane Claudino, da RBA 
São Paulo – Parlamentares, militantes e especialistas ouvidos pela RBA comemoraram o anúncio conjunto feito hoje (19) pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB). Depois de quase duas semanas de protestos populares pelas ruas da capital, o petista e o tucano decidiram recuar no reajuste da tarifa do transporte público cobrado dos paulistanos. A partir da próxima segunda-feira (24), a passagem de ônibus, trem e metrô na cidade voltará a custar R$ 3 – e não mais os R$ 3,20 cobrados desde o último dia 2.

“A maneira como a revogação do aumento foi conquistada foi incrível”, expressou Rose Nogueira, presidenta do Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo. “Não existe maior prazer do que ir para as ruas, exercer nossa cidadania e sermos atendidos.” O deputado federal Carlos Zaratini (PT-SP), avalia que o Movimento Passe Livre (MPL), que convocou as manifestações contra o reajuste, conseguiu criar muita empolgação e mobilizar muita gente. “É um movimento justo”, observa. “Agora precisamos debater se a prefeitura, ao congelar o preço da passagem, terá condições de atender outras reivindicações da sociedade.”

Ao anunciarem a redução da tarifa, tanto Alckmin como Haddad assinalaram que terão de retirar recursos de outras áreas da administração para aumentar os subsídios ao transporte público. O prefeito repetiu, assim, o teor das declarações que emitira pela manhã, em entrevista coletiva. “Por isso, estava cético de que veríamos a revogação do reajuste ainda hoje”, surpreendeu-se Pablo Ortellado, professor do curso de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo, para quem o anúncio conjunto do petista e do tucano está carregado de um simbolismo ruim. “O prefeito perdeu a oportunidade de reconhecer as demandas legítimas do movimento social e anunciar o fim do aumento ao lado da população. Haddad se colocou do outro lado da mesa.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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