Projetos vão precisar de aprovação de órgão da Prefeitura antes de enfeitarem as ruas
Danilo Gonçalo, do R7
Os parceiros comerciais da Fifa não vão sair decepcionados do Brasil após a Copa do Mundo. Além de conseguirem a aprovação das áreas de exclusão nos arredores dos estádios para garantir a exclusividade na venda de produtos nos jogos, graças à Lei Geral, vão também se beneficiar com a liberação da publicidade nas ruas de São Paulo durante o Mundial de 2014, rigorosamente controlada pela Lei Cidade Limpa atualmente.
Em São Paulo, ocorrerá liberação de propaganda dos patrocinadores da Copa durante três meses. Não significa, no entanto, que a cidade ficará totalmente preenchida por placas e logomarcas. As peças terão que ser feitas com base nas regras que a CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) estuda e, diferente do que deve ocorrer em outras cidades, as ações de marketing precisarão passar pela aprovação da comissão, segundo conta ao R7 a presidente da Comissão, Regina Monteiro.
— No caso da Copa, as regras vão ser definidas de acordo com as propostas [da Fifa], sempre dentro de critérios claros, estabelecidos pela Lei Cidade Limpa.
Indígenas e campeões das Copas de 58, 62 e 70 pagarão menos
Para evitar que a cidade fique completamente tomada por placas, banners e outras mídias, a CPPU estuda limitar os espaços publicitários. Os relógios públicos espalhados pela cidade, por exemplo, devem ser usados para divulgar os parceiros comerciais da Copa do Mundo.
Indígenas e campeões das Copas de 58, 62 e 70 pagarão menos
Para evitar que a cidade fique completamente tomada por placas, banners e outras mídias, a CPPU estuda limitar os espaços publicitários. Os relógios públicos espalhados pela cidade, por exemplo, devem ser usados para divulgar os parceiros comerciais da Copa do Mundo.
A publicidade deverá se concentrar principalmente nas rotas de acesso ao estádio do Corinthians, em Itaquera, que será palco da abertura da Copa do Mundo, e ao Anhangabaú, provável local do Fan Fast da Fifa.
Por ser sede da Copa do Mundo, a cidade também deverá receber uma ‘roupagem’ especial. Ações de marketing para valorizar o fato de receber o Mundial já estavam previstas na carta de intenções assinada por São Paulo, quando se colocou no páreo para receber jogos da Copa.
— A cidade-sede tem dar o clima de Copa. Não tem necessariamente que usar marca [de patrocinador], mas tem que vestir a cidade, mostrando que é sede dos jogos.
A liberação vale apenas para os parceiros da Copa do Mundo. Quem usar as marcas ligadas à entidade (símbolo da Fifa e do Mundial) ou tentarem o chamado marketing de emboscada podem pegar até três anos de prisão.
Lei Cidade Limpa
A liberação da publicidade durante a Copa do Mundo não se trata de uma flexibilização da Lei Cidade Limpa, insistiu Regina Monteiro, da CPPU. De acordo com a presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, a Lei prevê que eventos importantes para a cidade – e que precisam de patrocinadores – podem mostrar marcas, dentro das regras.
Para a presidente da comissão, o fato de São Paulo possuir uma legislação contra a poluição visual facilita o trabalho das próprias agências de publicidade, já que não haverá competição por espaços na cidade.
— Para o pessoal da Copa, São Paulo é uma maravilha, porque não terá marketing de emboscada, eles não vão precisar fazer coisas maiores. Eles não vão ter que competir com a publicidade existente. Por exemplo, eles só vão precisar colocar algumas peças nas rotas de apoio ao estádio. Não precisam de mais.
A publicidade poderá ficar exposta por três meses. Após esse prazo, deverá ser retirada e, caso descumprido o acordo, o anunciante será multado, como prevê a Lei Cidade Limpa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário