quinta-feira, 14 de junho de 2012

São Paulo vai permitir publicidade nas ruas durante a Copa


Projetos vão precisar de aprovação de órgão da Prefeitura antes de enfeitarem as ruas
Danilo Gonçalo, do R7
Os parceiros comerciais da Fifa não vão sair decepcionados do Brasil após a Copa do Mundo. Além de conseguirem a aprovação das áreas de exclusão nos arredores dos estádios para garantir a exclusividade na venda de produtos nos jogos, graças à Lei Geral, vão também se beneficiar com a liberação da publicidade nas ruas de São Paulo durante o Mundial de 2014, rigorosamente controlada pela Lei Cidade Limpa atualmente.
Em São Paulo, ocorrerá liberação de propaganda dos patrocinadores da Copa durante três meses. Não significa, no entanto, que a cidade ficará totalmente preenchida por placas e logomarcas. As peças terão que ser feitas com base nas regras que a CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) estuda e, diferente do que deve ocorrer em outras cidades, as ações de marketing precisarão passar pela aprovação da comissão, segundo conta ao R7 a presidente da Comissão, Regina Monteiro.
— No caso da Copa, as regras vão ser definidas de acordo com as propostas [da Fifa], sempre dentro de critérios claros, estabelecidos pela Lei Cidade Limpa.

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Para evitar que a cidade fique completamente tomada por placas, banners e outras mídias, a CPPU estuda limitar os espaços publicitários. Os relógios públicos espalhados pela cidade, por exemplo, devem ser usados para divulgar os parceiros comerciais da Copa do Mundo.
A publicidade deverá se concentrar principalmente nas rotas de acesso ao estádio do Corinthians, em Itaquera, que será palco da abertura da Copa do Mundo, e ao Anhangabaú, provável local do Fan Fast da Fifa.
Por ser sede da Copa do Mundo, a cidade também deverá receber uma ‘roupagem’ especial. Ações de marketing para valorizar o fato de receber o Mundial já estavam previstas na carta de intenções assinada por São Paulo, quando se colocou no páreo para receber jogos da Copa.
— A cidade-sede tem dar o clima de Copa. Não tem necessariamente que usar marca [de patrocinador], mas tem que vestir a cidade, mostrando que é sede dos jogos.
A liberação vale apenas para os parceiros da Copa do Mundo. Quem usar as marcas ligadas à entidade (símbolo da Fifa e do Mundial) ou tentarem o chamado marketing de emboscada podem pegar até três anos de prisão.
Lei Cidade Limpa
A liberação da publicidade durante a Copa do Mundo não se trata de uma flexibilização da Lei Cidade Limpa, insistiu Regina Monteiro, da CPPU. De acordo com a presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, a Lei prevê que eventos importantes para a cidade – e que precisam de patrocinadores – podem mostrar marcas, dentro das regras.
Para a presidente da comissão, o fato de São Paulo possuir uma legislação contra a poluição visual facilita o trabalho das próprias agências de publicidade, já que não haverá competição por espaços na cidade.
— Para o pessoal da Copa, São Paulo é uma maravilha, porque não terá marketing de emboscada, eles não vão precisar fazer coisas maiores. Eles não vão ter que competir com a publicidade existente. Por exemplo, eles só vão precisar colocar algumas peças nas rotas de apoio ao estádio. Não precisam de mais.
A publicidade poderá ficar exposta por três meses. Após esse prazo, deverá ser retirada e, caso descumprido o acordo, o anunciante será multado, como prevê a Lei Cidade Limpa.

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