Um posto de saúde e um hospital para atender a uma população de 32 mil habitantes. É essa a situação no município de Pilão Arcado, a 700km de Salvador. Quem mora em comunidades distantes também busca atendimento no município, que não possui estrutura suficiente para atender todo mundo. Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, Pilão Arcado foi considerado o pior município em atendimento pelo SUS. A cidade teve nota 2,5 no índice de desempenho do Sistema Único de Saúde. A média nacional foi 5,4. O Ministério da Saúde chegou a esse índice com base em informações apresentadas pelo próprio município. Para a Secretária de Saúde, a falta de médicos que queiram trabalhar no interior é um dos fatores que determinam a baixa qualidade de atendimento do SUS no Município.
Sem um bom atendimento no serviço público muitas pessoas procuram o Centro de Vida São Vicente de Paula, uma espécie de posto de saúde mantido pela Igreja Católica da cidade, mas no local, o atendimento também é limitado. “Estou precisando e não está tendo vaga. Só lá para o dia 20”, disse a funcionária pública Siuvalina Borges. O último concurso realizado em Pilão Arcado para clínico geral – em 2010 - oferecia um salário de R$ 9 mil. Segundo o Conselho Regional de Medicina, dos mais de 15 mil médicos em atividade na Bahia, 70% trabalham em Salvador e Região Metropolitana, o que dá cerca de 10 mil profissionais. Sobram 5.500 para o restante do estado. Salvador tem 4,17 médicos por mil habitantes. No interior o número é sete vezes menor: 0,57 por mil habitantes.
(G1 ) / Letícia Oliveira BN
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