O ministro da Fazenda, Guido Mantega (Sérgio Lima/Folhapress/VEJA)
A Cide começou a ser reduzida em 2008, até ser zerada em 2012. Segundo a reportagem, o governo trabalha com cenários de recomposição parcial e integral do imposto. Caso opte pelo primeiro, a cobrança deverá ser de 28 centavos por litro de gasolina e 7 centavos por litro de diesel. Ainda de acordo com esse cenário, a volta do tributo pode render ao governo 14 bilhões de reais. Já no caso das mudanças em abonos salariais e seguro-desemprego, o governo pode economizar até 45 bilhões de reais por ano, segundo o jornal.
Desde a reeleição o governo vem ventilando a possibilidade de recomposição de alíquotas de impostos para recuperar o vigor na arrecadação. O primeiro anúncio de Mantega foi a recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que entrará em vigor em 2015. Nesse sentido, já era também amplamente esperada a volta da Cide.
Em outubro, o governo federal arrecadou 106,215 bilhões de reais em impostos e contribuições, queda de 1,33% sobre igual mês do ano passado. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a arrecadação federal totalizou 968,72 bilhões de reais, o que representa aumento real de apenas 0,45% frente ao mesmo período do ano passado.
A intenção do governo em dar mais vigor à arrecadação é justificada pela deterioração fiscal, tendo em vista que a administração de Dilma Rousseff não foi capaz de reduzir gastos nos últimos três anos. Com isso, comprometeu-se o cumprimento da meta de economia do governo para o pagamento dos juros da dívida, o superávit primário.
Agora, no apagar das luzes de 2014, o governo coloca em prática seu rolo compressor no Congresso para aprovar mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) justamente para permitir um superávit menor para 2014 — ou até mesmo um déficit.
(Fonte: Veja)
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