Leia Já por Giselly Santos
O irmão do ex-governador enalteceu, em carta, os dotes políticos de Campos e do avô Miguel Arraes
Foto: Augusto Cataldi/LeiaJáImagens
Citando o próprio Eduardo Campos no início da carta, Antônio
contou que a perda afetiva do único irmão não é maior do que a do líder
O irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio Campos, enalteceu, em carta, nesta quinta-feira (14), a trajetória política e o legado que a família dele ofereceu ao país com a liderança de Eduardo e do avô deles, Miguel Arraes. No texto, o advogado deixa claro que indicará à candidata à vice, Marina Silva, para a sucessão do irmão da disputa e afirmou que esta seria a vontade do pernambucano.
“Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”, cravou. “Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de Miguel Arraes e único irmão de Eduardo externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB”, completou. Antônio foi o único que externou, até agora um posicionamento sobre a disputa política.
Citando o próprio Eduardo Campos no início da carta, Antônio contou que a perda afetiva do único irmão não é maior do que a do líder. Para ele, Eduardo foi um “político de talento e firmeza de propósitos”. “Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava”, ressaltou o irmão do candidato.
Antônio Campos lembrou ainda a coincidência de Campos e Arraes terem falecido no mesmo dia. “O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos, tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. (...) Ambos faleceram, no dia 13 de agosto... Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava”, garantiu.
Veja o texto na íntegra:
“NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL”
A minha perda afetiva do único irmão é imensa, mas é grande a perda do líder Eduardo Campos, político de talento e firmeza de propósitos.
A nossa família tem mais de 60 anos de lutas políticas em defesa das causas populares e democráticas do Brasil. O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos, tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava.
O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco para viver os seus sonhos pessoais e coletivos. Ambos faleceram, no dia 13 de agosto, e serão plantados no mesmo túmulo, no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, túmulo simples, onde consta uma lápide com a frase do poeta Carlos Drummond: “ tenho duas mãos e o sentimento do mundo”. Essas sementes de esperança e de resistência devem inspirar uma reflexão sobre o Brasil, nesse momento, para mudar e melhorar esse país, que enfrenta uma grave crise, sendo a principal dela a crise de valores. Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava.
Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes – IMA e único irmão de Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate democrático, escolher o seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores. Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo.
Agradeço, em nome da minha família enlutada, as mensagens do povo brasileiro e de outras nacionalidades.
Antônio Campos Advogado e escritor
Recife, 14 de agosto de 2014.
O irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio Campos, enalteceu, em carta, nesta quinta-feira (14), a trajetória política e o legado que a família dele ofereceu ao país com a liderança de Eduardo e do avô deles, Miguel Arraes. No texto, o advogado deixa claro que indicará à candidata à vice, Marina Silva, para a sucessão do irmão da disputa e afirmou que esta seria a vontade do pernambucano.
“Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”, cravou. “Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de Miguel Arraes e único irmão de Eduardo externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB”, completou. Antônio foi o único que externou, até agora um posicionamento sobre a disputa política.
Citando o próprio Eduardo Campos no início da carta, Antônio contou que a perda afetiva do único irmão não é maior do que a do líder. Para ele, Eduardo foi um “político de talento e firmeza de propósitos”. “Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava”, ressaltou o irmão do candidato.
Antônio Campos lembrou ainda a coincidência de Campos e Arraes terem falecido no mesmo dia. “O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos, tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. (...) Ambos faleceram, no dia 13 de agosto... Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava”, garantiu.
Veja o texto na íntegra:
“NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL”
A minha perda afetiva do único irmão é imensa, mas é grande a perda do líder Eduardo Campos, político de talento e firmeza de propósitos.
A nossa família tem mais de 60 anos de lutas políticas em defesa das causas populares e democráticas do Brasil. O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos, tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava.
O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco para viver os seus sonhos pessoais e coletivos. Ambos faleceram, no dia 13 de agosto, e serão plantados no mesmo túmulo, no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, túmulo simples, onde consta uma lápide com a frase do poeta Carlos Drummond: “ tenho duas mãos e o sentimento do mundo”. Essas sementes de esperança e de resistência devem inspirar uma reflexão sobre o Brasil, nesse momento, para mudar e melhorar esse país, que enfrenta uma grave crise, sendo a principal dela a crise de valores. Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava.
Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes – IMA e único irmão de Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate democrático, escolher o seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores. Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo.
Agradeço, em nome da minha família enlutada, as mensagens do povo brasileiro e de outras nacionalidades.
Antônio Campos Advogado e escritor
Recife, 14 de agosto de 2014.
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