quarta-feira, 12 de março de 2014

Senadores nordestino criticam atrasos nas obras de transposição do São Francisco


Os atrasos nas obras de transposição do Rio São Francisco foram criticados por senadores da bancada do Nordeste nesta quarta-feira (12). Segundo Eduardo Amorim (PSC-SE) e Cícero Lucena (PSDB-PB), quando foram iniciadas em 2007 a previsão era de que a transposição seria concluída em 2012. Para eles, se for mantido o atual ritmo das obras, o novo cronograma não será cumprido. Apesar do pessimismo de alguns parlamentares, durante a audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional o ministro da Integração, Francisco Teixeira, garantiu que 75% das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco serão concluídos até dezembro deste ano. Segundo o governo, 55,5% do total previsto já estão concluídos. A expectativa do ministério é de que 100 quilômetros de canais em cada eixo estejam concluídos em dezembro deste ano e que todas as obras que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sejam entregues até dezembro de 2015. “A meta é avançar em média 2% ao mês para que possamos chegar com 75% dessas obras concluídas até o final deste ano e ficar os 25% [restantes] para o ano seguinte”, afirmou o ministro. Apesar da garantia do ministro, o senador pernambucano avalia que será difícil cumprir o cronograma. “Em dezembro, [a obra] tinha 52% e em março temos 55%. Isso corresponde a um acréscimo de 3% em três meses. Fico animado com a afirmativa do ministro de que vai tentar atingir 2% [de execução ao mês]. Mas, para mim, esse cronograma não será cumprido da forma como estão afirmando”, disse Lucena. O ministro reconheceu os atrasos e disse que a demora ocorreu porque algumas companhias contratadas abandonaram as obras e foi necessária a realização de novas licitações. Fernando Teixeira disse que com a conclusão de alguns trechos, a água deve ser liberada para a população antes mesmo do fim da transposição. “O ano de 2012 foi um ano difícil, e uma parte de 2011 também, no sentido de reverter o processo, concluir alguns detalhes de projeto, preparar novos editais, negociar com empresas, relicitar. E já entramos em processo de remobilização praticamente no nível que estava lá atrás”, explicou. Estão em construção canais, aquedutos e barragens naquela que vem sendo classificada pelo governo como a “maior obra de infraestrutura hídrica do país”. O objetivo principal é garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Orçado em cerca de R$ 8 bilhões, o projeto contempla 477 quilômetros de canais (mais do que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo), formando os eixos Norte, que vai de Cabrobó (PE) a Cajazeiras (PB), e Leste, com início em Floresta (PE) e término em Monteiro (PB) que conduzirão a água no semiárido nordestino. Segundo o Ministério da Integração Nacional, atualmente, mais de 9,2 mil funcionários trabalham em obras que incluem recuperação de 23 açudes, construção de 27 reservatórios, além de nove estações de bombeamento, 14 aquedutos e quatro túneis exclusivos para a passagem de água. (Agência Brasil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário