Lindemberg Alves Fernandes, de 25 anos, acusado
de matar a ex- namorada Eloá Pimentel em 2008,
no banco dos réus (Foto: Diogo Moreira/ Futura Press
/ AE)Kleber TomazDo G1 SPComeçou por volta 10h50 desta segunda-feira (13) no Fórum de Santo André, no ABC paulista, o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel em 2008.
O júri iniciado pela juíza Milena Dias ocorre mais de três anos após um dos sequestros mais longos do país - cerca de 100 horas - acompanhado ao vivo pela TV, que terminou com a morte da estudante, com 15 anos à época.
Seis homens e uma mulher compõem o júri que irá definir se Lindemberg é culpado ou inocente. O réu chegou algemado, mas ficou definido que ele não usará algemas durante o julgamento.
Nayara será uma das cinco testemunhas arroladas pela acusação. Além da estudante, que atualmente está com 18 anos, prestarão depoimento os dois colegas dela que foram feitos reféns, o policial militar que escapou de um tiro e o irmão mais velho de Eloá, Ronickson Pimentel dos Santos, que era amigo do agressor.
Relembre o casoConforme denúncia do Ministério Público, movido por ciúmes de Eloá porque a ex não queria mais reatar o romance de três anos, o então auxiliar de produção Lindemberg, com 22 anos na época, invadiu armado o apartamento em que a estudante morava com os pais em Santo André no dia 13 de outubro de 2008.
Lá, Lindemberg manteve Eloá e outros três colegas de escola dela como reféns - Nayara, Iago e Victor Campos. Depois, os dois meninos foram libertados.
Após cem horas de cárcere privado, a polícia invadiu o apartamento. Durante a confusão, Lindemberg atirou na cabeça de Eloá e na de Nayara. Eloá foi atingida por dois disparos e teve morte cerebral no dia 18 de outubro. Alguns dos órgãos de Eloá foram doados. Nayara foi baleada no rosto, mas sobreviveu.
Julgamento
Lindemberg responde por doze crimes. Além da morte de Eloá, são duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Antonio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor, Iago e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008 dentro do apartamento onde Eloá morava, no segundo andar de um bloco da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Santo André.
Segundo o Ministério Público, se Lindemberg for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos.
O julgamento de Lindemberg deve durar três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
de matar a ex- namorada Eloá Pimentel em 2008,
no banco dos réus (Foto: Diogo Moreira/ Futura Press
/ AE)Kleber TomazDo G1 SPComeçou por volta 10h50 desta segunda-feira (13) no Fórum de Santo André, no ABC paulista, o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel em 2008.
O júri iniciado pela juíza Milena Dias ocorre mais de três anos após um dos sequestros mais longos do país - cerca de 100 horas - acompanhado ao vivo pela TV, que terminou com a morte da estudante, com 15 anos à época.
Seis homens e uma mulher compõem o júri que irá definir se Lindemberg é culpado ou inocente. O réu chegou algemado, mas ficou definido que ele não usará algemas durante o julgamento.
Nayara será uma das cinco testemunhas arroladas pela acusação. Além da estudante, que atualmente está com 18 anos, prestarão depoimento os dois colegas dela que foram feitos reféns, o policial militar que escapou de um tiro e o irmão mais velho de Eloá, Ronickson Pimentel dos Santos, que era amigo do agressor.
Relembre o casoConforme denúncia do Ministério Público, movido por ciúmes de Eloá porque a ex não queria mais reatar o romance de três anos, o então auxiliar de produção Lindemberg, com 22 anos na época, invadiu armado o apartamento em que a estudante morava com os pais em Santo André no dia 13 de outubro de 2008.
Lá, Lindemberg manteve Eloá e outros três colegas de escola dela como reféns - Nayara, Iago e Victor Campos. Depois, os dois meninos foram libertados.
Após cem horas de cárcere privado, a polícia invadiu o apartamento. Durante a confusão, Lindemberg atirou na cabeça de Eloá e na de Nayara. Eloá foi atingida por dois disparos e teve morte cerebral no dia 18 de outubro. Alguns dos órgãos de Eloá foram doados. Nayara foi baleada no rosto, mas sobreviveu.
Julgamento
Lindemberg responde por doze crimes. Além da morte de Eloá, são duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Antonio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor, Iago e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008 dentro do apartamento onde Eloá morava, no segundo andar de um bloco da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Santo André.
Segundo o Ministério Público, se Lindemberg for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos.
O julgamento de Lindemberg deve durar três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
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