quarta-feira, 12 de julho de 2017

DF Rodrigo Maia faz jogo duplo e, às escuras, conspira por Presidência


Em 2012, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve apenas 2,9% dos votos válidos na briga pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Os cariocas que o conhecem tão bem lhe negaram o privilégio concedido a seu pai, o velho César Maia, em três oportunidades (de 1993 a 1997 e de 2001 a 2008). Mas, em breve, se tudo conspirar a favor, “Botafogo” – como o deputado federal era identificado na planilha de doações para caixa dois da empreiteira Odebrecht – poderá assumir o Palácio do Planalto sem a necessidade de um mísero voto de um eleitor comum.
E de conspiração, os palacianos de Brasília entendem muito bem. O próprio Maia faz jogo duplo, se fingindo de fiel companheiro do presidente Michel Temer, sem que lhe ofereça a menor das ajudas. Na prática, deixa seu “aliado” à deriva e, às escuras, trabalha para que o seu presidente desocupe o cargo o quanto antes. Não são poucos os que apontam que o jovem presidente da Câmara (que faz 47 anos hoje) trabalhou para que o colega Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) fosse escolhido como relator da proposta de ação penal contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O resultado desta história todos já sabem: a defesa do relator para que o presidente seja processado por corrupção.
A eleição de 2012 fez Maia repensar sua vida política. Já tinha se contentado com o fato de que o Poder Executivo estava além de sua estatura política. Talvez, senador mais tarde. Mas, algo mudou no meio do caminho. Em algum momento, decidiu-se que Temer deveria cair. E Rodrigo Maia, que chegou à presidência da Câmara com o voto também dos petistas, está no lugar certo na hora certa. Ele não tem experiência para o tamanho do desafio que o espera. Mas, se Temer não tiver ao menos 172 leais deputados na Câmara, para impedir que as denúncias contra ele avancem, o jovem deputado haverá de herdar a Presidencia da República. Até que outras vozes comecem a gritar: “Fora, Maia!”. E comece tudo de novo.
metronews

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