sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Planos deverão oferecer prótese para incontinência após câncer de próstata

Bexiga e próstata entre a uretra (Foto: SKU/Science Photo Library/AFP)
Bexiga (acima) e próstata envolvendo o canal
da uretra 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que, a partir de janeiro de 2014, os planos de saúde do país ofereçam um esfíncter urinário artificial aos pacientes com câncer de próstata que fizerem cirurgia de remoção total da glândula e ficarem com incontinência urinária mesmo após um ano da operação. Até então, os homens com essa sequela precisavam entrar na Justiça para adquirir o direito à prótese.

Esse aparelho substitui a função do esfíncter natural, um músculo em forma de anel que envolve a uretra e controla a liberação da urina. Como ele fica quase “grudado” na próstata, pode acabar enfraquecido após a cirurgia.

Segundo o urologista Carlos Sacomani, do Hospital A.C. Camargo, entre 5% e 10% dos indivíduos que retiram totalmente essa glândula – exclusiva do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e responsável por armazenar um fluido que compõe o sêmen – apresentam algum tipo de perda involuntária de urina, que pode ser leve, moderada ou grave.

“O esfíncter artificial é indicado para os casos mais sérios ou para aqueles que não responderam a tratamentos anteriores, como fisioterapia pélvica. Consideramos que um paciente grave é aquele que precisa usar fraldas ou mais de três absorventes higiênicos por dia para conter a urina”, explica.

Em casos de cirurgia por hiperplasia benigna da próstata – quando há um aumento excessivo da glândula, podendo causar estreitamento da uretra e dificuldade para urinar –, o risco de incontinência depois da cirurgia é mais baixo: menos de 1%.

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