segunda-feira, 17 de junho de 2013

SP tem 5º dia de protestos contra aumento das tarifas

                                       Foto G1 SP
Manifestantes voltaram a ocupar ruas de várias capitais do Brasil, nesta segunda-feira (17). Em São Paulo, 65 mil pessoas, segundo o Instituto Datafolha, participam pacificamente de mais um protesto contra o aumento da tarifa do transporte público.
Autoridades do estado de São Paulo e integrantes do Movimento Passe Livre, que organiza as manifestações, se reuniram para evitar que houvesse violência policial. Foram anunciadas mudanças nos procedimentos da PM.
Era o que a Secretaria de Segurança queria, mas desde cedo os representantes do movimento contra o aumento das tarifas dos transportes públicos avisavam: “O trajeto não está definido ainda e ele só pode ser definido, de fato, na hora, com a avaliação do número de pessoas, da polícia, com a negociação com outros grupos que estão na manifestação”, declarou Caio Martins, integrante do movimento.

Na entrevista coletiva no Sindicato dos Jornalistas, eles esclareceram também qual é a bandeira do movimento: “O objetivo dessa manifestação, desde que começou, é uma só: a revogação do aumento da tarifa, independente da amplitude que os atos tomaram por diversas razões. Esse é um ponto que precisa ser esclarecido e é fundamental”, disse Érica de Oliveira, integrante do movimento.
Logo depois, na Secretaria da Segurança, outro encontro, dessa fez com a presença de representantes do Ministério Público, da Polícia Militar, da Igreja Católica e de movimentos sociais. A reunião durou quase duas horas. Não houve acordo para a definição prévia do trajeto da manifestação, mas lideranças do movimento e o secretário de Segurança Pública acertaram compromissos para evitar o confronto e a violência.
“A gente vai acompanhar o comando da polícia ao longo do trajeto e vai informar o trajeto. É para a gente manter a ordem e impedir que haja repressão policial”, afirmou Mateus Reis, integrante do movimento.
“A nossa manifestação será como sempre foi: pacífica. E a gente espera que a Polícia Militar cumpra o seu acordo de não agredir, não gerar zonas de brutalidade, como a gente viu na quinta-feira”, destacou Mayara Vivian, integrante do movimento.
Representantes da Polícia Militar e do movimento trocaram telefones e combinaram de conversar também pessoalmente durante os protestos. Ações violentas e criminosas serão reprimidas. Mas não haverá local proibido, nem mesmo a Avenida Paulista.
“Eles vão poder ir, se eles quiserem ir, eles vão poder ir. O trajeto vai ser definido pelo movimento e comunicado à Polícia Militar. Essa é a diretriz nossa: que não haja emprego de bala de borracha nem emprego do pelotão de choque. Agora o comando operacional é do comandante e mais: foi acertado com ele que as ações de pessoas de outros grupos, ações violentas criminosas serão objeto de atuação pontual da polícia, e não de dispersão da manifestação”, destacou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella.
O governador Geraldo Alckmin reafirmou que balas de borracha não serão mais usadas pela polícia e elogiou a abertura do diálogo: “Proibimos utilização de bala de borracha em manifestações públicas. E o mais importante: eu acho que podemos dar um grande exemplo de que preservar o direito das pessoas de manifestação sem prejuízo para ninguém. Quero, publicamente, elogiar as lideranças do movimento e também a Polícia Militar e a Segurança Pública”, declarou Alckmin.

A Prefeitura de São Paulo convidou representantes do Movimento Passe Livre para participar de uma reunião extraordinária do conselho da cidade, que vai discutir o transporte público. O encontro será nesta terça-feira (18), às 9h, na sede da prefeitura. 

Fonte G1 SP

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