quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pimenta Neves, 11 anos a pimenta ardeu mais a justiça colheu



Pimenta Neves teve seu último recurso de liberdade negado pelo STF e, portanto, deverá cumprir 15 anos de prisão
Portal Terra


O pai de Sandra Gomide, João Gomide, disse que está "muito satisfeito" com a prisão de Pimenta Neves, condenado pela morte de sua filha. "Faz onze anos que estou lutando. Não tinha muita esperança", desabafou. De cama, por estar adoentado, ele afirmou ainda que gostaria que Pimenta Neves ficasse pelo menos "uns cinco anos na cadeia".
Pimenta Neves não deve ficar preso pelos 15 anos aos quais foi condenado. Segundo a Globonews, a advogada de defesa, Maria José da Costa Ferreira, acredita que o jornalista possa progredir para o regime semiaberto depois de cumprir um sexto da pena em regime fechado.



O caso Pimenta NevesA jornalista Sandra Gomide, 33 anos, foi morta com dois tiros em um haras em Ibiúna, no interior de São Paulo, em agosto de 2000. O ex-namorado de Sandra, então diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, Antônio Pimenta Neves, confessou o crime, alegando que a colega o traía. Os dois se conheceram em 1997 e tiveram um relacionamento por cerca de três anos.
Pimenta Neves chegou a ficar preso por sete meses enquanto respondia ao processo, mas conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um habeas-corpus para aguardar o julgamento em liberdade. Em 2006, ele foi condenado a 19 anos e dois meses de reclusão em regime fechado. No entanto, alegando entendimento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) - de que os condenados podem recorrer em liberdade até que todos os recursos sejam julgados -, o juiz de Ibiúna concedeu ao jornalista o direito de recorrer em liberdade.
Ao julgar recurso a favor de Pimenta Neves, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a confissão espontânea do crime e reduziu a pena para 18 anos. Alegando a mesma atenuante, a defesa conseguiu no STJ a redução para 15 anos. Os advogados do jornalista continuaram recorrendo até que, em 24 de maio de 2011, o STF negou o último recurso e determinou que a pena fosse imediatamente cumprida. Em seguida, policiais cercaram a casa de Pimenta Neves, na capital paulista, e ele se entregou.

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