quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dilma avisa: não vai ceder às pressões da base por cargos

        Michel Temer e Dilma Rousseff

(Fernando Bizerra Jr./EFE)
"Todos nós vamos nos colocar contrários a pressões que dizem que tudo tem que ficar como está"
Deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara
Irritada com a pressão dos partidos da base para que cada legenda mantenha no próximo governo os ministérios que já coordena, a presidente eleita, Dilma Rousseff, mandou um recado aos aliados: quer autonomia para decidir sobre suas indicações e não aceitará imposições de nomes para a Esplanada.

De acordo com a edição desta quarta-feira do jornal Folha de S. Paulo, Dilma tem mostrado sua irritação em conversa com interlocutores. A situação ficou ainda mais tensa com a aliança firmada entre PMDB, PR, PP, PTB e PSC para a formação de um superbloco na Câmara dos Deputados, que não teria agradado em nada a presidente eleita.

"A presidente eleita vai montar o seu ministério e cabe aos partidos da base aliada darem sustentação a isso. E todos nós vamos nos colocar contrários a pressões que dizem que tudo tem que ficar como está", afirmou ao jornal o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Na semana passada, o PMBD apresentou a Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conta do apoio ao PT na disputa presidencial. O partido do vice-presidente eleito, Michel Temer, exigiu a manutenção dos seis ministérios que já tem sob o seu comando. E mais: os peemedebistas querem indicar eles próprios os nomes que ocuparão as pastas. A ideia foi, então, aprovada pelos demais partidos da base. A aliados, Dilma tem confidenciado que não pretende atender a essa demanda, já que isso significaria a perda de sua autonomia para a definição da equipe.      Fonte: Veja

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